2025/01/02

Windows 11 a funcionar com apenas 184MB de RAM

O criador do Tiny11 conseguiu demonstrar um sistema Windows 11 a funcionar com apenas 184 MB de RAM.

Hoje em dia vivemos em época de excessos, onde poucos se preocupam que uma app básica possa ocupar perto de 1 GB de espaço, ou que sejam necessários 16 GB de RAM para que um computador funcione decentemente com o sistema Windows. Mas ainda há quem ligue a essas coisas, como é o caso do programador conhecido como NTDev, e criador do Tiny11 - uma versão do Windows 11 "esprimida" para ocupar o menor espaço possível, apenas com os componentes essenciais do sistema.

Até ele ficou surpreendido por conseguir colocar o Windows 11 a funcionar com apenas 184 MB de RAM - embora tal tenha sido conseguido usando o Modo de Segurança e 400 MB de memória virtual.
Obviamente, o funcionamento do Windows 11 nestas condições fica severamente limitado, não se podendo esperar que consiga executar um browser como o Chrome (que facilmente pode comer vários gigabytes de RAM). Mas, no mínimo, demonstra a enorme disparidade dos exageros e excessos que se tornaram comuns nos dias de hoje, onde poucos parecem ter alguma preocupação com a eficiência dos sistemas informáticos.

Ainda passei muitos e longos anos a ter cuidade de controlar o Windows a nível dos processos que eram executados, assegurando que não havia nada supérfluo a ocupar processador e memória nos meus computadores. Mas com o passar dos anos (e consequente redução da paciência de tentar lutar contra o sistema), acabei por me resignar e ter que ignorar a extensa quantidade de tralha que aparece na lista de processos de um sistema supostamente "limpo" e acabado de instalar.

Mas, pessoalmente, o que mais me irrita já nem é isso e a quantidade de disco e memória ocupados, mas sim o absurdo atraso que existe em praticamente toda e cada acção que se faz. Clica-se num botão, em vez de uma acção instantânea, temos um atraso que quase parece fazer que o sistema seja uma página web a correr num browser, com cada clique a ter que ser validado num servidor remoto antes de efectuar a acção localmente.

3 comentários:

  1. Também eu, ainda na era do Windows XP, passava muito tempo a descobrir dicas para reduzir recursos, e com máquinas antigas tentar que se tornassem o mais rápidas possível!! Adorei esses tempos e aprendi muito, mas como dizes, com o tempo acabamos por "ir na onda"!!!

    ResponderEliminar
  2. Mas acho que está a chegar a um ponto insuportável. Não estou disposto a gastar centenas ou milhares de euros a "modernizar-me", quando isso não significa modernizar. Ainda me lembro de desligar os efeitos fofinhos do Win7, para as janelas responderem mais rápido e usar com regularidade as teclas de atalho, na maioria dos programas. Até me chateia quando alteram o sentido de rotação da roda do rato, para fazer zoom em alguns programas...

    ResponderEliminar
  3. Pois eu ainda (tchii... estou a ficar velho!) sou do tempo em que para se conseguir mais memória para o Windows 3.1 e para alguns jogos, tinhamos de editar os ficheiros de arranque do MS-DOS para conseguir obter mais memória base...

    E sim, também sempre usei todos os PCs com Windows sem qualquer tipo de animações, efeitos visuais "fofinhos" ou outras artificialidades usadas apenas para chegar à emoções dos utilizadores em vez de lhes ajudar a ter um sistema que lhes ajude a fazer o que realmente pretendem.

    Para mim, os computadores sempre foram ferramentas e nunca objetos de ostentação.

    Mais tarde, quando conheci o mundo dos "designers digitais" dei-me conta do que a coisa realmente se tinha tornado...
    🤦‍♂️

    ResponderEliminar