Hoje em dia vivemos em época de excessos, onde poucos se preocupam que uma app básica possa ocupar perto de 1 GB de espaço, ou que sejam necessários 16 GB de RAM para que um computador funcione decentemente com o sistema Windows. Mas ainda há quem ligue a essas coisas, como é o caso do programador conhecido como NTDev, e criador do Tiny11 - uma versão do Windows 11 "esprimida" para ocupar o menor espaço possível, apenas com os componentes essenciais do sistema.
Até ele ficou surpreendido por conseguir colocar o Windows 11 a funcionar com apenas 184 MB de RAM - embora tal tenha sido conseguido usando o Modo de Segurança e 400 MB de memória virtual.
Obviamente, o funcionamento do Windows 11 nestas condições fica severamente limitado, não se podendo esperar que consiga executar um browser como o Chrome (que facilmente pode comer vários gigabytes de RAM). Mas, no mínimo, demonstra a enorme disparidade dos exageros e excessos que se tornaram comuns nos dias de hoje, onde poucos parecem ter alguma preocupação com a eficiência dos sistemas informáticos.It's amazing what you can do even with such a "closed" system as Windows.
— NTDEV (@NTDEV_) December 26, 2024
Somehow I managed to make Windows 11 (through tiny11 and all that stuff, of course) run on just 184MB of RAM, which even though it's in Safe Mode I still think it's absolutely insane, and possibly a record. pic.twitter.com/IPK24LqjBJ
Ainda passei muitos e longos anos a ter cuidade de controlar o Windows a nível dos processos que eram executados, assegurando que não havia nada supérfluo a ocupar processador e memória nos meus computadores. Mas com o passar dos anos (e consequente redução da paciência de tentar lutar contra o sistema), acabei por me resignar e ter que ignorar a extensa quantidade de tralha que aparece na lista de processos de um sistema supostamente "limpo" e acabado de instalar.
Mas, pessoalmente, o que mais me irrita já nem é isso e a quantidade de disco e memória ocupados, mas sim o absurdo atraso que existe em praticamente toda e cada acção que se faz. Clica-se num botão, em vez de uma acção instantânea, temos um atraso que quase parece fazer que o sistema seja uma página web a correr num browser, com cada clique a ter que ser validado num servidor remoto antes de efectuar a acção localmente.
Também eu, ainda na era do Windows XP, passava muito tempo a descobrir dicas para reduzir recursos, e com máquinas antigas tentar que se tornassem o mais rápidas possível!! Adorei esses tempos e aprendi muito, mas como dizes, com o tempo acabamos por "ir na onda"!!!
ResponderEliminarMas acho que está a chegar a um ponto insuportável. Não estou disposto a gastar centenas ou milhares de euros a "modernizar-me", quando isso não significa modernizar. Ainda me lembro de desligar os efeitos fofinhos do Win7, para as janelas responderem mais rápido e usar com regularidade as teclas de atalho, na maioria dos programas. Até me chateia quando alteram o sentido de rotação da roda do rato, para fazer zoom em alguns programas...
ResponderEliminarPois eu ainda (tchii... estou a ficar velho!) sou do tempo em que para se conseguir mais memória para o Windows 3.1 e para alguns jogos, tinhamos de editar os ficheiros de arranque do MS-DOS para conseguir obter mais memória base...
ResponderEliminarE sim, também sempre usei todos os PCs com Windows sem qualquer tipo de animações, efeitos visuais "fofinhos" ou outras artificialidades usadas apenas para chegar à emoções dos utilizadores em vez de lhes ajudar a ter um sistema que lhes ajude a fazer o que realmente pretendem.
Para mim, os computadores sempre foram ferramentas e nunca objetos de ostentação.
Mais tarde, quando conheci o mundo dos "designers digitais" dei-me conta do que a coisa realmente se tinha tornado...
🤦♂️