A terrível pesquisa do Windows 11

O estado da pesquisa no Windows 11 ilustra bem a disparidade das prioridades da Microsoft e dos utilizadores.

O Windows tem levado com bastantes críticas nos últimos tempos, mas a maioria delas é perfeitamente justificada. A prioridade da MS não tem sido a correcção de bugs nem de optimização de recursos - recentemente falamos de como a solução da MS para o File Explorer lento será mantê-lo carregado em memória(!) - mas sim a de acrescentar funcionalidades AI a tudo o que pode, até mesmo no Notepad que deveria ser um editor de texto básico.

Outro dos exemplos verifica-se na pesquisa do Windows. A ideia é a de que esta pesquisa faça o utilizador rapidamente chegar ao que procura, mas no estado actual pode dizer-se que não é bem isso o que acontece, com uma pesquisa por "terminal" a apresentar como primeiro e "melhor" resultado um filme(!) com o mesmo nome, e só depois mostrando resultados para o terminal do Windows.

the Microsoft Windows 2025 experience, expressed in a single picture pic.twitter.com/AJRSZnmA1p

— Mᜋtt (@MMatt14) November 26, 2025

É algo com que me deparo frequentemente. Tendo que testar diferentes computadores com regularidade, não só passo pelo tenebroso processo da configuração inicial - que actualmente impede que se possa fazer isso sem acesso à internet e sem ter uma conta Microsoft - como também na parte final, de limpeza e reposição do computador para o estado "de fábrica". Invariavelmente, pesquisar por algo aproximado, apresenta em destaque toda uma série de artigos na web sobre reposição do Windows, e só com algum trabalho lá acerto nas palavras certas que me levam às definições do Windows para repor a máquina.

Mas não se pense que encontrar a opção de reposição significa o fim das frustrações. No mais recente caso, o Windows recusou-se a fazer a resposição de fábrica de um portátil porque "não estava ligado à fonte de alimentação", isto apesar do portátil estar com mais de 90% de carga de bateria e indicar uma autonomia para mais de 10 horas! Vá-se lá imaginar ter um computador e sistema operativo que se limite a fazer aquilo que o utilizador quer fazer...