Apple promove uso da impressão 3D em titânio

A Apple está a promover as vantagens da impressão 3D em titânio, que usa nos Apple Watch, como método de produção mais eficiente.

A Apple revelou como está a usar impressão 3D em titânio em três dos seus produtos: as caixas de titânio do Apple Watch Ultra 3, as versões em titânio dos Apple Watch Series 11, e a porta USB-C do iPhone Air. A empresa diz que todas estas peças são fabricadas com pó de titânio de grau aeronáutico 100% reciclado, e que a técnica permite ganhos ambientais e funcionais difíceis de obter com os métodos tradicionais.

A impressão 3D, ou fabrico aditivo, constrói a peça camada a camada a partir do pó metálico, usando lasers para fundir cada nível até à forma final. Ao contrário do forjamento convencional - que começa com um bloco maciço que vai sendo desbastado - o processo aditivo usa apenas o material necessário, reduzindo o desperdício. Graças a esta abordagem, as caixas em titânio dos novos relógios usam cerca de metade do material que era necessário nas gerações anteriores, o que se traduz numa poupança superior a 400 toneladas de titânio por ano.

A Apple descreve todo o fluxo de produção, com o titânio bruto em pó, as máquinas com lasers que geram as peças camada a camada a partir desse pó, e o pó em excesso a ser retirado e reutilizado.

Além da vantagem ambiental, a impressão 3D traz benefícios práticos: a Apple refere melhor vedação e ligação entre a caixa metálica e a faixa plástica da antena em modelos celulares do Watch, e diz que a porta USB-C do iPhone Air é mais fina, mais resistente e usa 33% menos material do que uma equivalente fabricada pelos métodos tradicionais.