A Xiaomi está a viver uma das semanas mais importantes na sua curta história como fabricante automóvel. A empresa confirmou que a divisão Xiaomi EV vai alcançar, antes do final de Novembro, o ambicioso objectivo de entregar 350.000 veículos em 2025. Ao mesmo tempo, o relatório financeiro do terceiro trimestre revelou outro marco importante: o segmento de negócios inovadores da Xiaomi, que inclui os seus carros eléctricos e projectos de AI, obteve lucro pela primeira vez.
A evolução da Xiaomi no sector automóvel continua a ser surpreendente. Os primeiros 100.000 carros demoraram 230 dias a ser entregues - um ritmo que já era impressionante para uma empresa estreante no sector. Mas os 200.000 seguintes levaram apenas 232 dias, demonstrando uma rápida duplicação da produção. Com mais de 260.000 veículos entregues nos primeiros três trimestres, a marca quebrou recordes consecutivos. Setembro foi o melhor mês da história da Xiaomi EV, com 40.023 unidades entregues. Outubro voltou a ultrapassar a barreira dos 40.000 carros. Actualmente, a marca tem conseguido entregar mais de 10.000 veículos por semana. Mantendo este ritmo, algumas previsões internas apontam para um total anual perto de 400.000 unidades, superando as350.000 inicialmente planeadas.
A Xiaomi também provou algo que muitos analistas duvidavam: é possível tornar uma operação de veículos eléctricos lucrativa numa fase inicial. O segmento de inovação da empresa, responsável pelos automóveis e projectos avançados de IA, registou um lucro operacional no terceiro trimestre, com receitas de 700 milhões (RMB). Isto significa que a Xiaomi está a conseguir controlar custos enquanto expande a produção a grande velocidade.
Para acompanhar a procura crescente, a Xiaomi já detém 424 lojas em 125 cidades chinesas - e não vai abrandar: ainda este ano irá abrir 17 novas lojas em mais oito cidades. A procura mantém-se tão elevada que os tempos de espera variam entre 28 e 38 semanas, embora a situação esteja a estabilizar graças ao aumento de produção.
São boas notícias para a marca, mas más notícias para "nós", já que isto significa que por enquanto a Xiaomi não terá necessidade de dar prioridade à expansão das vendas a outras regiões.
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