Motherboards sofrem com preço da RAM

O aumento das memórias RAM já se começa a fazer sentir na venda das motherboards.

Como seria de esperar, o aumento drástico do custo da memória tem repercussões que se alastram a outros componentes. A subida contínua do preço da RAM faz com que muitos consumidores adiem a compra de novos PCs ou upgrades, com marcas como a Asus, Gigabyte e MSI registaram quedas de 40 a 50% nas motherboards em relação ao mesmo período do ano passado - um valor especialmente preocupante, já que se referem a uma altura em que as vendas tradicionalmente deveriam a aumentar graças ao período festivo.

O motivo é fácil: não faz qualquer sentido comprar uma nova motherboard se não se puder instalar a quantidade de RAM adequada, e com o preço da memória a triplicar e quadriplicar face ao que custava há alguns meses, torna-se totalmente descabido considerar instalar algo como 32 GB ou 64 GB - e mesmo os 16 GB que actualmente serão "o mínimo recomendável" pesarão bastante no orçamento.

As consequências disto estendem-se além das motherboards. Com a RAM a ficar mais cara, não só se reduz a necessidade de motherboards como também a procura por CPUs, o que se traduz em péssimas notícias para a AMD e Intel. E, como se isto não bastasse, também as memórias NAND tem estado a subir de preço, fazendo com que os preços dos SSDs também possam acompanhar a subida da memória RAM.

Ou seja, 2026 parece estar destinado a tornar-se num ano de "pesadelo" para quem quiser comprar ou montar um PC novo, e não se sabe quando é que a situação poderá voltar ao normal. Até lá, a melhor opção será investir em upgrades de outros periféricos, como teclados e monitores, que não têm sido afectados directamente por estas subidas, e são dispositivos que se poderão manter por muitos anos e ser usados quando, eventualmente, se trocar para um novo PC.