Já sabemos como as coisas funcionam por cá... temos uma Autoridade da Concorrência que apenas parece servir para "algo" que está para além da compreensão dos simples mortais; e as empresas que supostamente deveriam ser concorrentes, simplesmente se acomodam acertando os preços ao cêntimo entre elas... de forma a que... não haja concorrência.
Nas telecomunicações isso é um dos casos exemplares, com praticamente todos os operadores a copiarem os tarifários uns dos outros. Mas o que precisávamos era de um "chicotada psicológica" como a que a Free fez em França.
Se se recordam, a Free chocou meio mundo ao oferecer um tarifário com chamadas de voz ilimitadas, SMS ilimitados, MMS ilimitados, tethering e dados ilimitados (com redução de velocidade após 3GB)... tudo isto por apenas 19.99€!
Na nossa Vodafone, o plano equivalente seria o Best Top... que custa mais de 100€!
Não será por isso surpresa ver que, nesta altura, a Free já conseguiu 5.4% de quota de mercado (3.6 milhões de clientes - que num mercado saturado, significa que serão pessoas que abandonaram outros operadores)... e teve também como consequência a "obrigação" dos outros operadores passarem a ter planos idênticos aos mesmos preços.
Isto sim, é a concorrência a funcionar! Quando é que por cá algum operador se arrisca a ser o "Free" nacional que nos liberta dos preços exorbitantes que nos são cobrados. A matemática é simples de fazer: em vez de gastar 100€ mensais, gasta-se apenas 20€. Quanto mais teremos que esperar?
As telecoms em Portugal tão como querem! Essa Free tem aqui um mercado a explorar.
ResponderEliminarNão percebo o que quer dizer como o estão como querem
EliminarFaçamos um pouco de contas.
Para efeitos de simplificação assumamos os mesmo 2 euros por mês e que um operador, irrelevante qual, tem 3 milhões de clientes.
Mais uma vez por extremo, assuma-se que todos pagam os referidos 2 euros. Isso significa que de receita , o operador recebe por mês 6M€.
Mas tem de tirar 23% do IVA , algo como 1.3ME/mês, donde só ficam 4.8ME.
Mas destes têm de pagar a terminação noutras redes, nacionais e internacionais , simplificando 20% mais ou menos 1M€, logo fica com 3.8€.
Vamos aplicar IRC . 30% ? Que acha ?
São mais 1 M€ a menos. Ficam 2.8M€.
Ainda não descontei a taxa para a Anacom que, calculo seja umas centenas de milhar.
Faltam custos com equipamento , funcionamento do negócio e licenças (o sitio das antenas, os edificios, os equipamentos), 3 redes em simultaneo (GSM, 3G e 4G)
As licenças do 3G foram algumas centenas de milhoes, as do 4G se bem que menores ainda foram umas dezenas.
Acha que 2.8M por mês chegam ?
So assim de repente, no nucleo familiar e de amigos mais próximo, lembro-me de pelo menos 15/16 pessoas que mudavam de operadora com um tarifário desses...
ResponderEliminarDesculpem a falta da pontuação correcta...
EliminarEu apesar de jovem já não acredito muito neste país, não é apenas nas telecomunicações que a autoridade da concorrência é nula, nos combustíveis, na televisão por subscrição... o Estado também garante a sua fatia no valor das faturas que recebemos em casa, ou seja, o exemplo vem de cima e as empresas geram lucros astronômicos para pagar milhões a gestores... Portugal não evolui porque simplesmente as ideias não avançam. Seja vodafone, tmn ou mesmo optimus escolham um tarifário de banda larga e vejam a diferença! A única que encontrei foi na cor das cartas que recebia como fatura para pagar, ou seja o valor era o mesmo. Hoje procuro não comparar tarifários, porque são iguais, mas sim como posso me livrar de ser cliente/consumidor dos serviços destas empresas.
ResponderEliminarMoro na França e posso dizer que a redução geral dos preços dos concorrentes não foi a única vantagem, mas a liberação do uso do cel como modem, uso de voip, e algumas outras vantagens em planos atrativos. Sou fã da Free, mas fui para a Sosh/orange no plano de €14,90 cuja rede é a melhor por aqui (em geral de 3 a 5Mbps de download e 1 a 2Mbps de upload), enquanto a Free estava limitando a 1Mbps o download.
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