2013/03/01

Um iPhone que se Antecipa ao Utilizador?


Há mais de uma década que nas minhas discussões sobre o sistema operativo ideal digo que o sistema deveria antecipar-se ao que o utilizador quereria fazer, de forma a que a utilização de uma máquina fosse o mais instantânea possível (na altura chamava esse sistema operativo milagroso de Instant OS, mas entretanto o nome já foi apanhado pela Splashtop). Por exemplo, quando movimentam o rato para clicar num icon, nas fracções de segundo em que o rato já está situado em cima de um icon mas antes que cliquem para o executar, já o computador deveria ter a obrigação de começar a pré-carregar o programa em memória para que fosse mais rápido a iniciar.

Não sei se alguma vez teremos um sistema operativo instantaneo que não nos faça esperar mais que poucos centésimas de segundo a tudo o que fizermos, mas a Apple está a trabalhar num sistema de identificação de situações que poderá antecipar-se ao que o utilizador quer fazer.

Como todas as patentes, nada nos garante que isto alguma vez se venha a concretizar, mas a ideia é que um equipamento esteja "consciente" do ambiente em que está, e possa prever aquilo que o utilizador deseja fazer. Por exemplo, ao tirar o telemóvel do bolso e se estivermos num ambiente escuro, um iPhone poderia activar automaticamente o modo de silêncio; de manhã, podia automaticamente desligar o modo silêncio assim que detectasse movimento e estivesse luz suficiente.

Todas estas acções e reacções poderiam ser configuradas, de forma a combinar-se os vários inputs. Levando o conceito ao limite, poderíamos fazer coisas como: se estiver na localização X, a hora Y, com o iPhone parado, e com tal nível de luminosidades, então faz isto ou aquilo.

Por enquanto ainda parece ser algo muito complicado, mas penso que será algo que eventualmente se tornará natural e indispensável para a utilização de equipamentos sem que tenhamos que recorrentemente repetir sequências que acabam por nos dar mais trabalho para utilizar algo que nos deveria simplificar a vida.

3 comentários:

  1. Eu já ficava satisfeito se o sistema operativo dedicasse prioridade máxima ao processo que está em foreground e deixasse de estar entretido com tretas que se estão a passar em background. Mas se isto é um sonho, então pré-processamento deve ser coisa só possível noutro universo!

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  2. Só para quem interesse nestas coisas de processos e que porventura não sabe do que estou a falar, aconselho uma leitura ao meu atualizadissimo blog (http://bitdestruction.blogspot.pt/), e a uma noticia de 2007, que lá coloquei em 2010, e que em 2013 continua atual. Quem não conhece Con Kolivas e a sua luta kerneliana, deveria conhecer. -ck diz tudo. Em linux, pelo menos.

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