O Luis Correia assistiu à apresentação dos tablets Surface Pro da Microsoft que ocorreu em Lisboa, e conta-nos como foi:
A Microsoft convidou-nos a assistir à uma apresentação do novo Surface Pro, na sua sede no Parque das Nações em Lisboa. Estava previsto que esta apresentação ocorresse também via webcast online, mas infelizmente problemas técnicos impediram que tal acontecesse, pelo que ficou a ser um evento apenas para quem lá esteve (até a Microsoft disponibilizar o vídeo)... e para vocês.
Achei curioso o equipamento usado para gravar a conferência, um projecto de tecnologia que a Microsoft criou há uns anos, o Round Table. Desconhecia por completo o equipamento, mas confesso que achei a tecnologia fascinante. Consiste numa base que contém cameras de vídeo e um sistema de espelhos, que consegue captar uma visão de 360 graus, daí o nome "Mesa Redonda".
Curiosamente, o aspecto do software que corre no PC, dá para perceber onde a Google foi buscar a inspiração para os Hangouts, em primeiro plano aparece a pessoa que está a falar, em rodapé aparece toda a sala.
Mas voltando ao tema que nos trouxe cá. O Surface Pro é o tablet oficial Windows 8 criado pela própria Microsoft para servir de referência do que um tablet Windows pode/deve ser. Tem praticamente as mesmas dimensões que um Surface RT, sendo apenas ligeiramente mais espesso e mais pesado para acomodar o hardware mais potente para correr o Windows 8 completo. Uma das diferenças mais visíveis é passar a existir uma discreta slot para ventilação dos componentes internos. Esta slot tem um milímetro e rodeia quase todo o Surface, de forma a não gerar zonas de calor excessivo.
Neste momento, as características do Surface Pro já são mais do que conhecidas, pelo que vou realçar apenas as que me pareceram realmente importantes.
O ecran FullHD impressiona sem dúvida. Tentei sem grande sucesso tirar uma foto macro que mostrasse os pontos, mas sem a minha lupa maravilha, foi muito difícil. o melhor que consegui foi esta imagem.
O touchscreen é sensível ao toque de tal forma que não se nota qualquer lag entre o movimento do dedo e a imagem. Este equipamento tem também uma caneta para escrita manual, que recorre à tecnologia da Wacom, detectando 1024 níveis de pressão o que será do agrado de todos os que o pretendam usar para funções "artísticas". Se estivermos a usar o Surface Pro como um bloco de notas, podemos encostar a mão ao ecrã sem correr o risco de desenhar algo, pois o touchscreen detecta a proximidade da caneta e "desactiva" o sensor capacitivo.
Em utilização, o Surface Pro comporta-se como um tablet ou um PC, dependendo do tipo de software que estamos a correr. Não esquecer que ao contrário do Surface RT que corre uma versão "reduzida" do Windows 8 para CPUs ARM, aqui estamos perante um PC normalíssimo com CPU Intel a correr Windows 8, sendo compatível com tudo o que exista para Windows 8.
Aliás, o melhor comentário que podemos fazer sobre o Surface Pro é que tudo o que corra em Windows 8, correrá no Surface Pro sem qualquer problema.
Um dos pontos que a Microsoft realçou é a capacidade de este equipamento poder fazer parte de um domínio, o que permite que as organizações terem este equipamento no parque de máquinas, podendo assim gerir este equipamento da mesma forma que já fazem aos desktops e portateis. Foi apresentado um caso de estudo da Sogrape que equipou a sua força de vendas com estes equipamentos, recorrendo a uma aplicação desenvolvida internamente para o efeito.
Em jeito de conclusão, apresento a minha opinião pessoal sobre o Surface Pro:
Este equipamento não foi construido para gerar um grande volume de vendas, mas sim para mostrar aos OEM que é possível criar algo realmente inovador. É como se fosse um "technology showcase", que demonstra a funcionalidade do equipamento, potenciando a evolução num mercado que está efectivamente estagnado. Espero com muita curiosidade pelos resultados do abanão ao mercado que a Microsoft irá dar com a existência da gama Surface.
(Ed. - O único ponto em que a Microsoft poderia ter decidido também "abanar" um pouco o mercado, seria ter optado por preços bem mais concorrenciais, à semelhança do que o Google tem feito com os seus Nexus. O Surface Pro começa nos 879€, mas indo para o modelo de 128GB - que será o mais recomendável - já obriga a desembolsar 979€, a que temos que somar ainda mais 120 ou 130€ pelos teclados.)
Boas...
ResponderEliminarPor acaso não existiu nenhum comentário sobre a oferta para a educação, a preços mais baixos, dos surface rt? Sei que a apresentação era do pro, mas por vezes existem umas conversas paralelas ao tema principal...
Cumprimntos
Ola
ResponderEliminarSe a MS tem reduzido fortemente o preco do Surface Pro, deixava de ser um "technology showcase" e passava a ser um obstaculo forte para os OEM produzirem este tipo de maquina.
Os Nexus do Google têm tido preços de combate, e não é por isso que os restantes parceiros têm deixado de vender os seus modelos. :)
Eliminarpois eu tambem pensei nisso, e nao sei se e compravel. Pelo menos o que eu vejo em Inglaterra e que os smartphones sao geralmente vendidos como parte de contratos de 18-24 meses.
EliminarNo fundo o preco que esta a vista e o da mensalidade com x minutos/GB/sms, em vez de se comprar em funcao do preco do aparelho apenas.
O Nexus 4 aqui e vendido so directamente no Google play. quem quer gastar £250 + comunicacoes faz bom negocio, mas quem prefere gastar £20-£40 por mes ao longo de 24 meses tem muito mais escolha.