2013/08/17
Likes e seguidores falsos mais valiosos que cartões de crédito
Se há área que se encarrega de estar na vanguarda da tecnologia é a do ciber-crime, e por incrível que possa parecer, hoje em dia já se dá mais valor a "likes" do que a coisas como cartões de crédito. Nos meandros mais obscuros da internet, comprar 1000 números de cartões de crédito custa apenas $6 dólares - mas se quiserem comprar 1000 seguidores no Instagram terão que pagar $15; e se quiserem 1000 "likes" nas vossas fotografias, então o preço duplica, para os $30.
Não será por isso de estranhar que alguns vírus/malware que tradicionalmente eram usadas para roubar informações bancárias e de cartões de crédito estejam a ser alterados para servirem de escravos telecomandados para cumprir esta nova função. Zeus é um desses programas, que tem infectado milhões de computadores ao longo dos cinco anos de existência, e que foi agora modificado para fazer likes em posts a mando do seu "mestre".
O fenómeno "social" é tal que hoje em dia se torna quase numa medida da confiança que algo tem. E se por um lado isso poderá ser usado unicamente para efeitos mediáticos, para rapidamente popularizar uma foto ou notícia; não é difícil imaginar como poderá ser usado para coisas como manipulação da pontuação dada a apps, etc. Ora vejamos: uma app que seja lançada por um developer desconhecido e que tenha apenas uma dúzia de downloads inspira logo cautela acrescida; mas se a mesma já tiver sido supostamente descarregada por 10 mil pessoas e tiver 2000 votos de que é "boa"... mais facilmente levará alguém a "confiar" de que é realmente útil. E da mesma forma, a mesma técnica poderá ser usada para minar um concorrente, enviando baixas pontuações.
Servirá como mais um elemento de que não deverão seguir as tendências apenas e só porque "muita gente" o fez (ou parece ter feito).
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