2013/12/27

Verme digital mexe-se pela primeira vez


Se é inegável que hoje em dia temos computadores com imenso poder de cálculo, também é certo que há tarefas que continuam a fazer com que toda essa potência pareça insuficiente. E uma dessas tarefas é a simulação de qualquer tipo de organismo vivo, como acontece no caso do projecto OpenWorm.


Este OpenWorm não é um daqueles "vírus" informáticos que se espalha pela internet, mas sim uma verdadeira simulação de um verme real, onde todas as suas células estão a ser simuladas por um programa - com o objectivo de se conseguir criar o primeiro organismo "vivo" digital. Ainda há muito a fazer, mas por agora já foi atingido um importante marco: a implementação de um algoritmo que dá a este OpenWorm a capacidade de se locomover como um verme real.

Infelizmente, este tipo de simulação é algo com a qual não se pode brincar facilmente, simular três décimos de segundo de movimento é algo que demora cerca de 72h (e estamos a falar de uma simulação que contém apenas 1000 células vivas).

Faz-me recordar os bons velhos tempos de fazer renderings 3D em ray tracing num Commodore Amiga 500 (1MB, 8Mhz), em que cada frame poderia facilmente demorar dois ou três dias a ficar concluída (e em muitos casos revelando que após todo esse tempo me tinha esquecido de ligar as luzes "globais", resultando apenas numa imagem completamente às escuras.)

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