2014/01/03
O ano de 2014 imaginado por Asimov há 50 anos
Hoje em dia nem me arriscaria a fazer uma previsão de como o mundo será daqui por 5 anos, quando mais arriscar como ele será daqui por 50 anos. Mas em 1964 foi precisamente o que Isaac Asimov fez, e surpreendentemente... acertou em muitas coisas (bem mais do que as que provavelmente conseguiríamos adivinhar para 2064! :)
Em 1964 em plena World Fair, Asimov decidiu dar largas à imaginação para prever como seria uma feira internacional na sua edição de 2014.
Asimov fala-nos de um futuro com painéis luminosos que substituem as lâmpadas (os painéis OLED estão timidamente a tornar isso realidade) e janelas com vidros que escurecem automaticamente (estas davam jeito). Na habituação Asimov prevê que a população mundial se tenha deslocado para cidades subterrâneas e submarinas, deixando a superfície para cultivo (e levantando também a questão da sustentabilidade da população) - aqui foi um pouco ao lado, mas a questão da sustentabilidade é um problema que se tornará cada vez mais preocupante nas décadas que se seguem.
Nas cozinhas, comidas congeladas que podem ser preparadas em minutos, máquinas de fazer café, e comida pré-programada para que estivesse pronta para o pequeno almoço no dia seguinte.
Quanto aos robots, o pai das leis da robótica não tinha grandes ilusões - para 2014 previa que os robots ainda seriam bastante desajeitados, mas que já poderiam ter computadores "miniatura" no seu interior e também algumas capacidades mais avançadas, como a tradução de línguas.
Os aparelhos eléctricos diriam adeus aos cabos (confirma-se) dando uso a baterias "atómicas" que teriam que ser processadas devidamente depois de gastas (imagino que assim não tivéssemos os problemas de autonomia com que hoje lidamos diariamente nos smartphones. ;) Correctamente, prevê também que a fusão nuclear ainda estará em fase experimental.
Asimov também imaginava um futuro com carros que dispensavam condutor (alguém do Google já terá inventado uma máquina do tempo para lhe ir falar disso?) e automóveis que voavam... baixinho - sobre jactos de ar, assim evitando o desgaste nas estradas e permitindo também que atravessassem rios sem necessidade de pontes. Infelizmente... ainda temos rodas nos carros... e furos nos pneus.
O sistema de entregas recorreria aos sempre presentes tubos de ar comprimido (prova que a Amazon ainda não tem máquina do tempo para os fazer imaginar com um futuro com entregas feitas por drones), e também teríamos bases na lua com as quais comunicaríamos via feixes de raio laser modulados. Em Marte, apenas sondas não tripuladas.
A comunicação entre pessoas passaria a ser feita não só por voz mas também por imagem, e podendo chegar a qualquer parte do mundo graças à cobertura de satélites.
Enfim... não me parece nada mau para uma previsão a 50 anos de distância. Alguém se quer arriscar a fazer o mesmo para 2064? Se quiserem marco já na agenda para ver quem mais se aproximou... :)
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por acaso os hovercrafts ate se inserem bem no que ele disse, "automóveis que voavam... baixinho - sobre jactos de ar, assim evitando o desgaste nas estradas e permitindo também que atravessassem rios sem necessidade de pontes", tal e qual como os hovercrafts ;)
ResponderEliminarSim, mas os hovercrafts já existiam em 1960 (e até antes :)
EliminarEm relação aos drones da Amazon, é a minha opinião é vale o que vale, mas acho que foi golpe de marketing. Jamais será licenciado. Por questões políticas e de segurança não vão permitir drones no ar sem uma forte regulação, e se a Amazon tem direito, depois todos teríamos direito a ter drones. Se os cartéis da droga o fazem para mover droga entre países, imaginem as consequências disso. Para além disso, quantos seriam abatidos para ficarem com mercadoria?
ResponderEliminarEm relação aos drones da Amazon, é a minha opinião é vale o que vale, mas acho que foi golpe de marketing. Jamais será licenciado. Por questões políticas e de segurança não vão permitir drones no ar sem uma forte regulação, e se a Amazon tem direito, depois todos teríamos direito a ter drones. Se os cartéis da droga o fazem para mover droga entre países, imaginem as consequências disso. Para além disso, quantos seriam abatidos para ficarem com mercadoria?
ResponderEliminarDaqui a 50 anos, prevejo um mundo bem diferente, e onde a nossa vida real estará totalmente misturada com a vida virtual (embora as 2 também vão coexistir). A maioria dos empregos serão online e quase tudo na nossa vida vai ser online (idas ao médico, compras em lojas virtuais, viagens, sexo…)
ResponderEliminarE voando um pouco mais longe, e seguindo a mesma lógica de evolução; vamos libertar-nos do nosso corpo e viver dentro de um super computador ?