Nike despede equipa do FuelBand e sai dos wearables

Parece que a Nike vai antecipar-se ao que seria inevitável com a chegada da próxima geração de wearables, e em vez de uma "morte lenta" vai optar por uma medida mais drástica: acabar com a sua bracelete de tracking FuelBand.

Esta medida poderá apanhar alguns de surpresa, por a FuelBand ser um produto bem sucedido e que conta com uma legião de utilizadores; mas na verdade vai ao encontro daquilo que temos dito há algum tempo, de que todos estes dispositivos actuais de tracking, que agora se têm popularizado como cogumelos, estão destinados a tornarem-se obsoletos sendo integrados na próxima geração de wearables - como os smartwatches - que estão para surgir.

Não é nada que não tenhamos já visto antes. Anteriormente proliferavam equipamentos como PDAs, câmaras, receptores GPS bluetooth (e por cabo), e outros, que agora foram completamente absorvidos e integrados naquilo que considerámos como sendo "básico" em qualquer smartphone. Com os trackers de actividade que hoje temos passar-se-á exactamente o mesmo. E como em tudo que se torna acessível em larga escala, o factor de diferenciação principal deixa de ser o hardware e passará a ser o software - e é aí que a Nike poderá continuar a destacar-se dos seus concorrentes, oferecendo uma plataforma de registo e análise dos dados mais apelativa e funcional. (Muitos dos trackers que têm surgido no mercado limitam-se a oferecer um registo básico da actividade e nada mais - e não me refiro apenas aos trackers chineses como também a alguns equipamentos "de marca".)

Nesse sentido, há que dar o devido crédito à Nike por ter optado por esta jogada estratégica em antecipação ao que sabe que está para chegar. Não me parece que vá ser difícil que aquando da apresentação do rumorizado iWatch da Apple, a Nike tenha lugar de destaque apresentando o seu serviço e software que permitirá aos seus utilizadores fazerem tudo aquilo que faziam com o FuelBand... e mais.