2014/06/25

Google apresenta Android L e novo "Material Design"


O Google abriu o Google IO com uma apresentação repleta de novidades (mais do que as poderemos falar num único post), mas como temos que começar por algum lado, comecemos pelo Android L e o nova linha visual "Material Design".

Depois do J (Jelly Bean) e K (KitKat), o próximo Android L (ainda sem nome de código conhecido - se é que existe) aposta na optimização e num novo aspecto mais simples, agradável e intuitivo. Algo a que o Google chama "Material Design".


O design é simples, mas tem toda uma plataforma "física" de suporte. Os elementos passam a poder ter elevação (projectando automaticamente sombras), as animações são mais realistas e fluidas, as interacções mais naturais, tal como quando interagimos com objectos reais. São coisas que têm que ser vistas em vídeo para serem apreciadas, mas o resultado parece-me muito bem conseguido.



Regressando ao novo Android "L", o Google não perdeu a oportunidade de "responder" à Apple, referindo que a última versão dos serviços Google Play - o que interessa - está em 93% dos dispositivos, e que muitas das novidades que a Apple apresentou agora existem há anos nos Android (era uma resposta merecida, depois do "destaque" que a Apple deu ao Android na sua última keynote).

O Android L fica disponível desde já para os developers, chegando a todos mais para o final do ano. Mudanças mais visíveis, para além dos novo estilo visual nas apps do Google (que o Google espera que os restantes developers adoptem) começam logo pelos símbolos na barra de menu, que passam a ser um triângulo, círculo e quadrado (mais um X e a Sony certamente não deixaria de intervir. :)

O Android L passa a ter novas notificações, mais parecidas com os "cards", e incluindo notificações flutuantes (como as que tinham sido recentemente descobertas escondidas no código fonte do KitKat), e que também ficam disponíveis no lock-screen. Desbloquear o nosso Android ficará também mais simples, sendo possível definir locais, dispositivos bluetooth, ou a nossa voz, como elementos que desbloqueiam automaticamente o nosso smartphone ou tablet sem necessidade de códigos adicionais.

O velhinho Dalvik dá lugar ao ART, para desempenho melhorado de todas as apps (e autonomia prolongada) e já preparado para os chips de 64 bits; temos suporte para gráficos 3D melhorados, permitindo jogos de qualidade "PC"; um novo modo de poupança de bateria; segurança acrescida (updates via Play Services em vez de updates de sistema) e com possibilidade de reset remoto em caso de roubo.




Tudo isto com uma forte integração com múltiplos dispositivos, desde Chrome na Web, Android Wearables, Android TV, Chromecast (que ganha screen mirroring, finalmente), Android no automóvel - e também, esperemos nós, nas nossas casas inteligentes. É a grande ofensiva e uniformização do Android em todas as vertentes, e este Android L parece ser tudo aquilo que se poderia esperar dele.

11 comentários:

  1. Sou só eu a achar que parece que a Google contratou o Jony Ive para desenhar este "material design"?

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  2. Bem, mas que grandes noticias que acabei de assistir... Parabéns Google!

    Falta saber os requisitos mínimos deste Android L

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  3. Não alcancei a profundidade da frase: "o Google não perdeu a oportunidade de "responder" à Apple, referindo que a última versão dos serviços Google Play - o que interessa - está em 93% dos dispositivos".

    Isso é que responde "à letra" à crítica da Apple de que a maior parte dos equipamentos tinham versões do Android desactualizados? Parece-me mais uma resposta "à treta".

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    1. Resposta da treta porque ????

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    2. Se o que interessa é o Google Play nem sei para que se está a falar do Android "L".

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    3. Se tu soubesses o que é o google play services, certamente nunca terias feito esse comentario!

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    4. É um desenrasca que a Google arranjou para quem comprou um Android e não o consegue actualizar. Acho até que depois disso desapareceram as críticas à fragmentação do Android. Só a Apple é que fala disso.

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    5. Um desenrasca , mas que funciona , que é o que interessa !

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    6. Foi a resposta possível da Google. Não têm controlo sobre os upgrades dos dispositivos e tão pouco sobre que costumizações foram feitas pelos fabricantes. O facto de ser "open" tem os seus problemas.

      Agora, que foi resposta fraquinha foi... Aliás, todo o show-off foi mal ensaiado e cheio de bugs e coisas a correr mal.

      Até dois protestantes!!!

      Imagino se fosse uma coisa assim no WWDC! O caos! A loucura! :-)

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  4. Esse é uma das grandes falhas da Google: as mais recentes actualizações do Android apenas estão disponíveis para os "seus" smartphones ou para os topo de gama (> 600€), que estão acessíveis a poucos pessoas, a nível mundial. Isso traz obviamente irritações aos clientes, como eu, que tenho um smartphone de média gama (Acer liquid E2), que saiu há apenas 1 ano, e tenho o Android 4.2.
    Na Apple isso já não acontece, trazendo confiança e respeito pelos clientes. Basicamente o que a Google diz aos clientes é: ou compram telemóveis de 600€, os "nossos" ou mudam de telemóvel de 6 em 6 meses. Não me parece bem essa forma de "fazer" negócio...
    Além disso, há o problema de segurança, quando não é atualizado para um SO mais moderno e de irritação porque com novas atualizações deixam aceder a novas aplicações e progressos.

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    1. E isso é desculpa para comprar um telemóvel de 600 ou 700 euros da Apple? Que coerência...
      Já agora, existem vários telemóveis mais baratos e com atualizações directas da Google, como os Moto G e mesmo os Nexus.
      O facto do teu telemóvel Acer de gama média não estar actualizado é da Acer, porque eles acham que não vale a pena investir tempo a fazer uma actualização do Android para a máquina, por isso para a próxima evita comprar uma marca que não garante actualizações.

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