2014/09/08

Moto 360 derrotado pela (falta de) autonomia?


O Moto 360 tem sido um dos smartwatches mais desejados da actualidade, desde que foi mostrado pela primeira vez, e lançando a dúvida sobre se seria realmente possível concretizá-lo. A Motorola conseguiu de facto torná-lo realidade; infelizmente essa realidade deixa ainda bastante a desejar... e por culpa de uma opção injustificável.

A Motorola conseguiu trazer para o mercado um smartwatch com ecrã circular, onde a pequena secção "morta" no fundo do ecrã poderá ser facilmente desculpável considerando que permite utilizar um sensor de luminosidade que ajustará o brilho do ecrã automaticamente (algo que falta em todos os outros), e onde o seu tamanho exagerado fica excelentemente disfarçado pelo posicionamento dos encaixes da bracelete, que o torna bastante confortável de utilizar.

Parecia estar tudo pronto para que este Moto 360 se assumisse como o rei incontestável dos smartwatches, mas inexplicavelmente a Motorola optou por equipá-lo com um CPU antiquado (TI OMAP 3 de 2010), lento e - pior que tudo - pouco eficiente face aos CPUs mais recentes, fazendo com que o Moto 360 tenha uma autonomia que é metade da dos seus rivais. Em testes de uso intensivo em que o LG G Watch consegue atingir os 470 minutos, este Moto 360 fica-se por uns reduzidos 219 minutos.

Ora, se há muitas limitações que a maioria das pessoas poderá facilmente contornar ou estar disposta a conceder face a outras vantagens, no que diz respeito à autonomia penso que haverá um consenso de que será um factor de importância fundamental. Não haverá nada mais frustrante do que ter um smartwach que nem sequer se aguentará até ao final do dia...

Não admirará que a HTC tenha optado por aguardar mais um pouco para que a tecnologia evolua ao ponto de criar um smartwatch "como se deseja". E dá-se também o caso do Moto 360 acabar por dar "má fama" aos smartwatches, tendo um aspecto excelente.. mas que passará a maior parte do tempo sem bateria. (E que se torna mais ridículo pois tal poderia ter sido minimizado caso a Motorola tivesse usado um CPU mais recente.)

Por muito apetecível que o Moto 360 parecesse ser, parece-me que só poderá ser recomendado para aqueles que lhe derem muito pouco uso, ou quem esteja disposto a comprar um smartwatch que só utilizará ocasionalmente, para eventos que durem algumas poucas horas.

E vocês... estão dispostos a perdoar esta falta de autonomia do Moto 360; ou acham que se trata de um verdadeiro "tiro no pé" da Motorola?

7 comentários:

  1. Tiro no pé sem dúvida.

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  2. http://gizmodo.com/moto-360-battery-life-test-so-far-not-as-bad-as-you-h-1631839974

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    1. Eu vi isso, mas o ars apresenta valores concretos e mensuráveis, o gizmodo diz que "sim, mas vamos ver se não..."

      Era escusado ter usado um CPU ultrapassado e ficava em igualdade com os concorrentes.

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  3. Mesmo no meu Pebble em que a bateria dura +/-5 dias (depende da utilização, aplicação ou watchface utilizada) é aborrecido quando olho para o pulso e tenho o Pebble com o ecrã cinzento. Sem Bateria. :(

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  4. Vem seguir a linha do novo Moto G...Já parece a Apple...Enquanto os laptop windows metem componentes de última geração, a Apple gaba-se de ter um grande OS...Mas lá dentro tem hardware com specs do ano anterior...É tudo a fazer dinheiro...Mas resulta, eu tenho um Mac porque o OSX é...o OSX :P

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    1. Não sou um apple fã mas no que toca à linha dos portaies o macbook Air e o Pro tem já a generação haswell que é dificil de encontrar em outros portateis

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  5. Colocaram um chip qualquer que tinham em stock lol e toca a despachar...acho que foi um tiro no pé mas pronto so sei que esgotou em 30 minutos...vou esperar muito mais para tomar uma decisão

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