2015/01/24

Rosetta vai revelando os mistérios do cometa que persegue


O pequeno Philae pode continuar adormecido à sombra do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, as a sonda Rosetta continua bem acordada em sua órbita, recolhendo preciosos dados de um cometa que se vai aproximando do Sol e tendo cada vez mais actividade.

O cometa tem dado trabalho suficiente aos cientistas, apresentando um conjunto de características variadas na sua superfície: zonas perfeitamente lisas, outras montanhosas, outras com estranhas fracturas e texturas que fazem com que o cometa pareça "arrepiado". Também se têm apanhado "brisas" no cometa, que deixam padrões no pó em redor de rochas, e que os cientistas pensam ser causados pela ejecção de gases do seu interior.

Uma das coisas que também levanta bastante interesse prende-se com o formato característico deste cometa. Os cientistas pensam que se tratará de um cometa formado pela junção/colisão de dois corpos celestes separados... e alguns deles até têm esperança que durante a sua aproximação ao Sol se pudesse assistir a uma fractura que os separasse novamente.


Outra coisa que descobrimos, é que embora nestas imagens se veja um cometa cinza claro, na realidade o 67P/Churyumov-Gerasimenko é mais escuro que carvão, com uma reflectividade de apenas 6% (metade da reflectividade da Lua, e um quinto da do nosso planeta).

Nas partes visíveis não se tem descoberto água à superfície, mas têm sido apanhados jatos de vapor a ser ejectados, o que indica que haverá gelo no subsolo - e potencialmente também nalgumas partes do cometa que têm estado abrigadas do Sol e que irão ficar expostas com a sua aproximação, que atingirá o ponto mais próximo a meio de Agosto.

Esperamos que por essa altura a Philae já possa estar exposta à luz solar e voltar a entrar em actividade para nos enviar mais alguns dados captados directamente da sua superfície (e tentar novamente aprofundar o nosso conhecimento sobre estes visitantes do espaço profundo).

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