2015/02/18

HTTP/2 já está terminado e permitirá uma web mais rápida


Não é todos os dias que se mexe ou actualizam partes estruturais da "internet" como a conhecemos, mas hoje é um desses dias: foi oficialmente finalizado o HTTP/2 - um protocolo que irá permitir acelerar a web e adequá-la às necessidades do nosso tempo.

A maior parte das pessoas nem sequer pensará duas vezes no "http://" que já muitas vezes é escondido quando escrevem um endereço de um site ou página na web. Esse http é o que define o protocolo a utilizar para comunicar com um servidor, e que neste caso significa (Hypertext Transfer Protocol).

É o protocolo que permitiu o nascimento da web, numa altura em que isso era sinónimo de um documento com texto e que conteria alguns links para outros documentos; e que ao longo do tempo foi tendo que lidar com um número crescente de requisitos, como carregamento de imagens, scripts, css, e até centenas de elementos externos - para o qual não tinha sido originalmente concebido. Isso levou a que fossem também criados truques para lidar com as suas limitações, como dividindo os recursos por múltiplos domínios, para que os carregamentos de uns não bloqueassem os outros, e até a protocolos alternativos, como o SPDY promovido pelo Google. Coisas que agora deixarão de ser necessárias com a chegada deste HTTP/2 (o Google já anunciou que iria abandonar o SPDY, por este se tornar desnecessário com o HTTP/2 - que na verdade tomou como base o SPDY/2).

Este HTTP/2 troca o formato de texto por formato binário, mais compacto e eficiente, com compressão dos cabeçalhos, usa uma única ligação mutiplexada para poder carregar simultaneamente todo o tipo de dados sem bloqueios, e permite que os servidores enviem informação directamente para as suas caches.

O resultado prático, quando começar a ser implementado em servidores e nos browsers, será o carregamento de páginas mais rapidamente e com menor ocupação de recursos quer nos servidores quer nos browsers locais. Vantagens que fazem antever que os "gigantes" da Internet tenham todo o interesse em lhe dar uso o mais rapidamente possível. Não deverá demorar muito para que o Google, Facebook, e outros, passem a suportar o HTTP/2 e "poupem" os seus servidores.

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