2015/02/03

Teste cego entre PonoPlayer e iPhone dá vitória... ao iPhone


O PonoPlayer foi apresentado como sendo uma revolução que viria repor a devida qualidade sonora num mundo que se rendeu aos MP3 de baixa qualidade. Mas um teste cego que perguntou a dezenas de pessoas se ouviam qualquer diferença vem revelar que os seus argumentos... não se fazem ouvir.

O mundo da qualidade sonora "audiófila" é fértil em coisas que se aproximam da bruxaria e da chamada "banha da cobra" (temos coisas como cabos que custam fortunas, mas que depois em testes de audição são indistinguíveis de pedaços de arame). E aqui tratou-se novamente de colocar as promessas do PonoPlayer à prova, deixando que as pessoas escolhessem a música que lhes parecesse melhor - mas sem saberem se estavam a ouvir a música vinda de um PonoPlayer ou de um iPhone.

E o resultado... uma vitória incontestada do iPhone.


O teste foi feito com pessoas de diferentes idades, diferentes estilos de música, e usando tanto earphones como headphones de qualidade, e em todos os casos o vencedor foi iPhone, com as preferências pelo Pono a ficarem empatadas com a mesma quantidade de pessoas que dizia nem conseguir dar preferência a nenhum.

Deu-se até o caso caricato de uma das "cobais" ser um possuidor de um PonoPlayer... que neste teste também acabou por preferir o iPhone, mas que depois de conhecer os resultados veio argumentar que "o iPhone pode soar melhor, mas o som do PonoPlayer tem mais alma".

... E penso que isso diz tudo.

Pessoalmente, se querem música de melhor qualidade, penso que mais vale investirem 100 ou 200 euros nuns headphones decentes para usarem com os dispositivos que já têm, do que 400 neste "milagroso" PonoPlayer de qualidade supostamente audiófila.

4 comentários:

  1. Infelizmente, muitas vezes o problema da qualidade do som não está no hardware em si, mas sim nas gravações de música que se fazem hoje em dia, que são de má qualidade.
    Não quer isto dizer que o PonoPlayer valha a pena, porque claramente não vale: é apenas um leitor com uns condensadores maiores. Aliás, o hardware que tem não justifica o seu tamanho absurdo.
    Como diz no artigo, mais vale investir nuns bons headphones e, digo eu, ter em atenção às músicas que se ouvem (evitar remasters em que só aumentaram o volume, que é o degredo do mercado musical, ou ficheiros que apesar de serem a 90 ou 192kHz que são meros upsamples feitos a partir de ficheiros a 16 bit/44.1kHz).

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  2. É fácil isso acontecer porque o soar melhor esta de acordo com o ouvido de cada um e com o vício por determinadas frequências.
    Basta ver as afinações típicas dos consumidores nos equalizadores dos aparelhos para perceber que há aparelhos que mesmo com som mais fiel à fonte vão soar pior.
    Hoje em dia o soar melhor é ter uma enorme distorção das frequências originais.
    Em alguns aparelhos têm mesmo de ser usadas fontes boas porque quanto mais fiel o aparelho a reproduzir essas fontes mas defeitos vão transparecer.
    Muitas vezes o que alguns aparelhos fazem é aumentar o volume de certas frequências parra criar esse som melhor, mais aberto mas isso não passa de uma aldrabice.

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  3. É o tal parecer melhor com o ser melhor. O IPhone pode parecer melhor mas não ser de maneira alguma, nada se sabe que phones usaram ou que frequências estavam a reproduzir e a sua curva.
    O som não se mede às cegas pelo que parece, se assim fosse só se vendiam kits áudio 5.1 ou receivers digitais baratos.

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    1. Mas convêm que os fabricantes percebam uma coisa. Essa do ser melhor, mas a maioria das pessoas não achar, é uma bela tanga. Isto porque, o utilizador é que faz um produto ser bom ou não.

      Essa faz-me lembrar, um belo software que um colega de profissão tinha feito, que ele dizia fazer mundos e fundos, mas que era intragável do ponto de vista do tempo de espera para o utilizador. Resultado: Ninguém queria!

      E voilá... voltámos ao início, em que o melhor...talvez seja aquele que satisfaz mais o utilizador, ainda que seja um pouco mais... "fraquinho".

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