2015/05/01

Facebook começa a fartar-se das burocracias Europeias


O Facebook começa a ficar farto da forma como tem sido tratado na Europa, sendo sujeito a sucessivas investigações e acusações de violação da privacidade dos utilizadores, e já vai "ameaçando" de que o resultado poderá ser simplesmente deixar ficar a Europa de fora de serviços e funcionalidades que forem desenvolvendo.

Ninguém põe em causa que os gigantes tecnológicos tenham que seguir as regras e leis destinadas a proteger as pessoas, mas também há que reconhecer que a maioria das leis existentes não foi criada a pensar nos serviços que vão surgindo, nem tão pouco têm capacidade para reagir à alta velocidade com que os serviços digitais surgem e se desenvolvem. Na maior parte das vezes, é bem provável que pela altura que uma lei fosse aprovada, o serviço em questão já nem sequer existisse e tivesse sido substituído por outro que saísse fora dos "parâmetros" contemplados.

No caso do FB, a Europa já bateu o pé (e bem) a várias situações que necessitaram de ser corrigidas, mas voltamos à velha questão de que, em vez de um único mercado unificado, na prática continuam a existir dezenas de legislações diferentes em cada país, que obrigam que o Facebook (e outros serviços digitais) tenham que se desdobrar e lutar, caso após caso, pelas mesmas coisas "repetidas". Daí que, à semelhança do que o Google fez quando os jornais alemães quiseram que ele pagasse pelas notícias - simplesmente deixando de apresentar as notícias - também o Facebook vá "ameaçando" de que, com tanta burocracia, o mais simples acaba por ser deixar a Europa de fora.

Não que isto signifique que o Facebook deixe de existir na Europa - que ainda continua a ser um mercado desejado (embora cada vez menos) - mas poderá significar que, enquanto o resto do mundo poderá ter acesso a um Facebook cada vez mais versátil e capaz, na Europa poderemos ficar reduzidos a um Facebook "básico", parado no tempo, e que não verá as novas funcionalidades que forem sendo lançadas (coisas como transferência de dinheiro, pagamentos e compras directas, por exemplo).

Só nos resta esperar que proposta para o mercado digital único ajude a resolver estas questões e a reduzir a burocracia - e a fazer com que sejam as leis e respectivas entidades a acelerar o passo para acompanhar a evolução tecnológica... em vez de servirem de travão para quem vai explorando e desbravando todas as potencialidades dadas pela constante evolução tecnológica.

6 comentários:

  1. Até parece que somos nós que ficamos a perder com isso.

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  2. Não me tira o sono, em nada!

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    1. De facto. Que chatice tão grandeeeeee.... LOOLLL

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  3. O que isto demonstra é uma hostilidade aberta dos lobbies europeus e das instituições europeias contra as empresas que estão a dominar a tecnologia actualmente.

    A culpa disto também é dos europeus que andaram a dormir durante anos e nada fizeram para impedir a Microsoft de rebentar com a Nokia por exemplo.

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  4. Há males que vêm por bem, apesar de concordar que os europeus deixaram andar a coisa...

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