2015/07/09
IBM cria o primeiro chip com tecnologia de 7nm
A Lei de Moore tem servido de guia para a evolução dos chips electrónicos desde a criação do primeiro circuito integrado, e agora a IBM vem mostrar que isso poderá continuar a acontecer pelos próximos anos, com o primeiro chip fabricado com tecnologia de 7nm.
A lei de Moore diz, de forma geral, que a densidade dos circuitos electrónicos duplica a cada dois anos. Isso traduz-se por uma miniaturização cada vez maior, que nos permite colocar cada vez mais elementos em chips com a mesma área, e ao mesmo tempo tornando-os também mais rápidos e mais poupados.
Mas, há muito que se previa também que esta regra não pudesse durar para sempre, e numa altura em que os chips já começam a ser feitos com tecnologias de 14 nanometros (para referência o diâmetro de um átomo é de cerca de 0.1 a 0.5nm) surgiam também sérias dúvidas sobre se seria possível reduzir-se ainda mais o tamanho destes elementos electrónicos... e a IBM veio demonstrar que sim, com o primeiro chip fabricado em 7nm.
É um feito que no entanto vem acompanhado por sérios desafios que terão que ser superados para serem aplicado a produção comercial. Para criar circuitos integrados com elementos de tão reduzidas dimensões, é necessário todo um conjunto de maquinaria especializada e infraestruturas que desafiarão a compreensão: basta referir que os próprios edifícios têm que ser estabilizados para garantir que as máquinas de produção não sofrem qualquer vibração que possa arruinar os chips
Com esta tecnologia, a IBM diz que será possível criar chips com 20 mil milhões de transístores (cerca de 4x mais que os mais densos chips actuais), ou reduzir o tamanho dos chips actuais para um quarto do tamanho, baixando o seu custo, e aumentando a sua eficiência. A TSMC já tem planos para começar a produzir chips de 7nm em 2017... esperemos que não surjam imprevistos. Afinal, já que não chega nenhuma tecnologia revolucionária nas baterias, ao menos que cheguem chips mais poupados que permitam prolongar mais a autonomia dos nossos equipamentos electrónicos.
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Daqui a dois ou três anos vamos bater numa parede com a impossibilidade de continuar a diminuir os processos de fabrico.
ResponderEliminarO que tem de bom o engenho humano é a sua capacidades de superar as impossibilidades (bastará ver quantas vezes já se tinha dito que a Lei de Moore não poderia continuar... e ainda cá estamos.)
EliminarMas concordo contigo... não estou a ver a termos tecnologia (a curto prazo) para começar a construir coisas com dimensões inferior aos próprios átomos. Mas adorava estar errado! :)