Fartos das pilhas que se acabam no pior momento; fartos de recarregar equipamentos que nos deveriam fazer esquecer os cabos? O Freevolt quer acabar com isso, retirando electricidade do ar.
Não, não se trata de um projecto que promete violar as leis da física. O Freevolt faz apenas aquilo que muitos outros projectos já têm tentado fazer: aproveitar as ondas de rádio emitidas, convertendo-as para electricidade.
Na prática, podemos considerar o Freevolt como uma variante dos dispositivos que usam electricidade wireless, mas que neste caso é capaz de receber energia emitida por router WiFi, torres de telemóveis, e basicamente tudo o que utilizar RF na gama dos 0.5-5GHz. Isto é a boa notícia; a má, é que a energia que pode ser gerada usando estes sinais é ridiculamente baixa, na ordem dos 100 microwatts.
É um valor que não nos ajuda a ter um smartphone que nunca mais precisasse de ser recarregado por meios convencionais, mas que já se torna suficiente para um vasto número de aplicações, como a de sensores e outros dispositivos para a "Internet of Things". Por exemplo: sensores de fumo, temperatura, humidade, luminosidade, e até câmaras de vigilância (neste caso, com o sistema a acumular energia durante alguns minutos, para poder captar e transmitir uma imagem.) Tudo com a grande vantagem de que bastaria colocar em qualquer lado, e nunca mais nos teríamos que preocupar com recarregamentos ou trocar pilhas.
... Isto, assumindo-se que se teriam router WiFi e torres de telecomunicação, rádio, TV, etc, por perto. :)
(...) a energia que pode ser gerada usando estes sinais é (...) na ordem dos 100 microwatts.
ResponderEliminarDesculpe a minha picuinhice, mas caiu num erro em que frequentemente todos caímos: confundir energia com potência. Os 100 microwatts de que fala são potência e não energia. Seja como for, é uma potência ridiculamente baixa, como diz, mas que pode ser suficiente para muitas aplicações de IoT, por exemplo, como também diz.
Por outro lado, os emissores de rádio não são capazes de carregar o Freevolt, a fazer fé na gama de frequências anunciada, de 0,5 a 5 GHz. Os emissores de FM emitem em frequências à volta de 0,1 GHz e dos emissores de ondas curtas, médias e longas nem é bom falar. Aliás, no Grande Porto já não existem, sequer, emissores de ondas médias a funcionar. Mas em Espanha, no Reino Unido e em alguns outros países ainda há montes deles "no ar".