2015/10/16

Solu quer reinventar o conceito de computador pessoal mobile


De vez em quando lá surge um projecto diferente que nos atrai a atenção, e este Solu sem dúvida que se enquadra perfeitamente nessa categoria: um pequeno computador mobile que pretende criar um novo nicho de mercado.

O mercado dos computadores pessoais tradicionais está no ponto que está, e os smartphones e tablets já preencheram a vida de praticamente todas as pessoas. Haverá espaço para um novo dispositivo? Os criadores do Solu pensam que sim.

O Solu é um pequeno dispositivo mobile com formato quadrado (10x10cm e espessura de 12mm), dominado por um touchscreen que ocupa praticamente a sua face. Para além de se poder usar como um dispositivo mobile, o mesmo pode também ser ligado a um monitor ou televisor (até 4K) e trabalhar como um computador "normal", usando-se um teclado, e o seu touchscreen actuando como trackpad. A ideia é combinar a potência de um computador tradicional (neste caso temos um CPU Nvidia, ecrã de 1400x1400px, 4GB de RAM, 32GB flash) com a versatilidade e portabilidade de um dispositivo mobile - e para isso aposta também num interface inovador e bastante diferente do habitual:


Em vez de se organizarem as coisas por pastas ou listas, no Solu vão-se criando interligações tipo "mind maps", que será também uma representação da forma diferente como este projecto se quer apresentar.

O sistema está também interligado com uma forte componente na cloud, embora esteja preparado e pensado para ser completamente funcional em modo offline, sincronizando tudo quando voltar a ter ligação à internet. Mas por outro lado, isso significa que se terá que pagar uma mensalidade de cerca de $20 - valor que dá acesso a todas as apps disponíveis para a plataforma, e onde os developers receberão pagamento em função da percentagem de utilização das suas apps (um pouco ao estilo do que acontece com os artistas e as músicas no Spotify).

O conceito é engraçado... mas não será fácil convencer os utilizadores a optarem por este novo dispositivo, que custa 349 euros e que implica o pagamento de mensalidade adicional - e que se arrisca a tornar num pisa-papeis caso o projecto opte por encerrar as portas daqui por alguns meses.


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