2016/08/15

Nissan cria motor de compressão variável que poderá tornar motores diesel obsoletos


O futuro poderá ser eléctrico, mas a indústria automóvel não deixa de ir melhorando a tecnologia dos motores de combustão, e agora a Nissan estreia o primeiro com taxa de compressão variável num modelo de produção.

É perfeitamente natural que seja nos momentos em que se está em época de transição para uma nova tecnologia, que a tecnologia anterior que vá ser tornada obsoleta atinja o pico do seu desenvolvimento (por exemplo, nos ecrãs sabemos que o OLED é o futuro, mas isso não invalida que também se vá tendo os melhores LCDs já criados.) E agora a Nissan faz isso nos motores de combustão... e que poderá acabar de vez com a velha questão dos motores a gasolina versus os motores diesel.

O novo motor VC-T da Nissan pode ter apenas 2.0l de cilindrada e 4 cilindos, mas graças à sua tecnologia de compressão variável, consegue ter potência e binários idênticos ao motor V6 3.5l que irá substituir, com consumos bastante mais reduzidos. O motor é capaz de ajustar a altura alcançada pelos pistões em tempo real, assim podendo ajustar-se ao tipo de necessidade: máximo desempenho, ou baixo consumo, dependendo do tipo de condução.

Não menos importante, este motor a gasolina consegue obter binários comparáveis a motores a diesel, mas com muitas menos emissões poluentes - o que acontece num momento crítico, em que o escândalo dieselgate da VW voltou a levantar as questões das emissões dos veículos diesel. Será sem dúvida uma obra-prima da engenharia mecânica... mas que se arrisca a ter um reinado curto (dependendo do tempo que demorarmos a transitar para os veículos 100% eléctricos.)

3 comentários:

  1. Creio que já temos substituto para o DeltaWing nas próximas 24 Horas de Le Mans... Seria interessante um veículo com este motor a competir.

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  2. Perfeito para o nosso paí (Brasil) onde temos QUATRO combustíveis disponíveis e carros flex, em embora rodem com taxas de compressão de motores à gasolina, pode rodar com álcool (etanol) com qualquer proporção de mistura.

    1)
    Etanol (álcool hidratado à 3%), chamado de E100.

    O mais limpo e menos sujeito à adulterações por donos de postos de combustíveis (a maioria se não desonestos em quantidade na qualidade), uma vez que apenas ÁGUA é mais barata que álcool e existe um grau de saturação na hidratação onde de mistura ele separa em 2 fases, algo na faixa de 12%.


    2)
    Uma pseudo-gasolina, um combustível composto de 18% à 28% de etanol (proporção ABSURDAMENTE controlada pela situação econômica-política e não um valor fixado técnicamente) e o resto da mistura de gasolina de baixa octagem, atigindo então 87 octanas

    3)
    Gasolina pseudo-Premium, com composição fixa de 25% de álcool anidro (não hidradatado) e gasolina de melhor octagem, chegando a mistura à 91 octanas.

    4)
    Diesel comum (ou S50), com valores de enxofre de até 50 Mg

    5)
    Diesel S10, com valores de enxofre de até 10 Mg.

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  3. Sem saber ao pormenor o funcionamento do motor posso desde já especular com base nos meus conhecimentos da industria automóvel.
    Não acredito que seja assim tão maravilhoso para o consumidor final.
    O custo final do veiculo será de certeza superior ao com o motor que vêm substituir (compreenda-se o V6 3,5l).
    Mas tenho de averiguar mais, pois não acredito que esses valores sejam alcançados apenas com a variação do curso do pistão... Se não existir variação na camera de combustão esse teoria vai para o lixo.

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