2017/01/18
Petrolíferas apostam no hidrogénio para enfrentar automóveis eléctricos
A luta pelo controlo do domínio energético do futuro está longe de estar terminada, e as petrolíferas apostam no hidrogénio para fazer frente aos automóveis 100% eléctricos.
Embora tecnicamente ambos sejam carros eléctricos, a luta acaba por centrar-se na forma como a electricidade é armazenada e gerada. De um lado, os carros com baterias que poderão recarregar-se em qualquer tomada; do outro, a necessidade de criar uma nova infraestrutura para produção e distribuição de hidrogénio (mas que melhor permitirá aproveitar a infraestrutura tradicional das petrolíferas e facilitando o prolongamento da sua relevância.)
Naturalmente, as petrolíferas contam com aliados de peso, com marcas como a Toyota, Daimler, BMW, Hoda e Hyundai a juntarem-se a esta iniciativa do Hydrogen Council, que visa promover o hidrogénio como fonte de energia para o futuro (e inclui empresas como a Shell, Linde, Total, Engie, entre outras).
Claro que tanto num caso como no outro, o verdadeiro problema está na forma como a electricidade ou o hidrogénio é gerado. De nada serve anunciar o hidrogénio como energia limpa, se para o produzir foi necessário queimar carvão; tal como de nada serve dizer que se tem um carro 100% eléctrico e limpo, quando a sua electricidade veio de um gerador a queimar gasóleo. Ainda assim, parece-me que será bem mais simples apostar em tecnologias eléctricas que dispensem o maior número de passos intermédios... e nesse sentido, acho que seria mais simples investir no melhoramento das baterias, a nível de capacidade e longevidade, do que estar a apostar no hidrogénio.
Mas... seja o que for, que se concentrem é em produzir electricidade (e/ou hidrogénio) de forma limpa, senão de nada serve.
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bicicleta
ResponderEliminare que se lixem as prolíferas
claro que isto só tem viabilidade enquanto os carros 100% eléctricos não ultrapassarem os 400/500km de autonomia. Talvez seja um passo intermédio para aprimorar a tecnologia do carro elétrico enquanto as baterias não dão o pulo.
ResponderEliminarEu vejo os carros a hidrogénio como um híbrido, pois têm na mesma bateria (apesar de mais pequena que num 100% eletrico) e usam um sistema que transforma um liquido em energia eléctrica. Se compararmos com o BMW i3 com Range Extender, acaba por ser muito semelhante, com a diferença no liquido usado e claro gases resultantes da conversão para electricidade.
ResponderEliminarO que eu gostava de ver era carros eletricos com baterias modulares intermutaveis. Desta forma no dia a dia usava-se apenas uma bateria com autonomia de 100km mas quando fosse preciso ir mais longe podia-se encaixar 3 ou 4 modulos de baterias adicionais que podiam ser alugados para fazer uma viagem pontualmente mais longa. Assim reduzia-se o custo inicial das baterias num carro novo e não era preciso andar a carregar as baterias para todo o lado no dia a dia.
Talvez até fosse possível ter um sistema de hidrogénio que encaixa-se no espaço de um modulo de bateria, mas isso seria opcional.
EliminarO objectivo deles será a venda do hidrogénio que eles conseguem produzir através do petróleo (principalmente gás natural)
ResponderEliminarCaso se descubra uma forma mais eficiente, limpa (e claro, barata) de captar hidrogénio da natureza (principalmente a partir da água do mar), estarei do lado do hidrogénio. Mas para já, estou muito cético...
ResponderEliminarTrocar um consumível por outro... A energia do sol/vento/etç é de borla.
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