2017/05/10

Browsers no Windows 10 S têm que usar motor do Edge


O Windows 10 S só pode correr apps da Windows Store, mas para além de não permitir definir outros browsers como default impõe outras obrigações que invalidam a chegada de um Chrome ou Firefox "completos" a esta versão do Windows.

Quando a Microsoft deu a entender que o Windows 10 S permitiria correr outros browsers, bastando para isso que os mesmos estivessem disponíveis via Windows Store, não estava a revelar os detalhes todos. Para além de qualquer clique num link nos enviar sempre para o Edge, independentemente de preferirmos utilizar outro browser; todo e qualquer browser que queira chegar à Windows Store terá obrigatoriamente que utilizar o motor HTML e de Javascript integrado no próprio Windows 10 S.

Quer isto dizer que o Chrome teria que abandonar o Blink, o Safari não poderia usar o WebKit, etc. tornando-se em meras fachadas do Edge. Algo que na verdade não é novidade, pois é precisamente aquilo que a Apple faz no seu iOS, que conta com exigências idênticas - todos os browsers para iOS têm que usar o motor do Safari, podendo apenas mexer no interface.

Como os utilizadores de iPhones saberão, o Chrome está disponível na App Store, porque a Google tem interesse em manter os seus utilizadores, mesmo não tendo controlo sobre o motor utilizado. A grande incógnita é se a Google fará o mesmo para o Windows 10 S, ou se optará por se fazer "difícil" e deixar os utilizadores sem acesso ao Chrome neste sistema que visa competir directamente com o seu Chrome OS. É uma pergunta que não é fácil de responder... o resultado tanto pode ser com que os utilizadores se sintam mais inclinados para escolher o Chrome OS; como o de fazer com que os utilizadores comecem a experimentar o Edge... e a descobrir que se calhar não é assim tão mau como pensavam.

1 comentário:

  1. A Microsoft ainda não aprendeu com os erros... já foi processada uma vez na Europa, e agora preparasse para mais um processo.
    A diversidade nos browsers é que tem permitido uma segurança mínima, se um browser está vulnerável pode utilizar-se outro, agora se só se pode utilizar um motor então fica tudo vulnerável! Além disso limita a inovação.

    Está na altura da Comissão Europeia avançar com um processo contra a Microsoft, Apple e Google para os obrigar a permitir a outras empresas utilizarem o seu próprio código de forma a garantir a inovação e desenvolvimento que só podem ocorrer quando existe liberdade para tal.

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