2017/11/26
Munique troca Linux por Windows 10 ao fim de uma década
Referida muitas vezes como exemplo a seguir no sentido de usar apenas software livre e open-source nas entidades públicas, Munique dá um passo atrás e revela que irá passar a usar Windows 10.
Embora a intenção de usar apenas Linux tenha sido posta em prática há cerca de 10 anos, a verdade é que a cidade alemã continuou a usar sistemas com Windows - que continuavam a ser maioria. Aparentemente, mesmo após todo este tempo, o número de máquina que utilizava Linux era de apenas 20 a 40% dos cerca de 29 mil computadores que detém. Esta utilização de ambos os sistemas também contribuiu para o sentimento de que "a coisa não estava a funcionar como devia", e para a decisão de gastar quase 50 milhões de euros para adoptar Windows 10 em todas as suas máquinas ao longo dos próximos dois anos.
Parece-me no mínimo curioso que, nesta fase do campeonato, a cidade não tenha equacionado também a possibilidade de utilização de Chromebooks, transferindo os seus sistemas para a cloud e acedendo aos mesmos através do browser.
Não chego ao ponto de dizer que a cidade deveria aderir ao G Suite, mas... parece-me que a aposta na web como forma de interagir com todos os seus serviços poderia potencialmente dispensar a necessidade de um sistema operativo tradicional, bastando o acesso a um browser.
... Veremos se daqui por 10 anos não estarão a mudar novamente para outra qualquer plataforma futura que venha a revolucionar o mercado... isto é: será que ainda teremos Windows daqui por 10 anos?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Mas qual é o problema do Windows?
ResponderEliminarE qual é o problema do Linux?
EliminarA questão é que este artigo é totalmente tendencioso...parece uma reportagem da foxnews :)...
EliminarNão apresenta factos e só apresenta opiniões pessoais...
O problema é licenciamento!!! O valor que o Estado paga a MS para usar o Windows é um absurdo.
EliminarA questão muitas vezes não é só a questão do licenciamento mas do suporte. Quando um SO falha, reclamas a quem? À comunidade? Na minha empresa também se recorre a Linux mas distribuições pagas, que também não são nenhumas pechinchas... é tudo uma questão de fazer contas. Duvido que o estado use também versões livres do Linux...
EliminarAquando da mudança para Linux, o Steve Balmer foi várias vezes a Munique para tentar contrariar o processo. Pergunto, agora, que boa parte das dores de parto estavam ultrapassadas, quando é que a Microsoft "doou" A munique (para não oferecer as licenças, que dava bandeira.. assim munique paga.. com dinheiro da M$. ) isso é que era interessante saber
ResponderEliminarO Linux em desktop nunca pegou. Há que admiti-lo.
ResponderEliminarIsto claramente só estava dar problemas muito provavelmente eles estavam a usar linux com wine para rodar os programas. tenho a certeza que uma boa parte dos programas usados por uma entidade publica não existem para linux. Da mesma forma que não existe para um parque industrial ou para um laboratório.
ResponderEliminarO problema sempre foram as aplicações nativas, nunca as conseguiram migrar porque esse esforço ultrapassaria provavelmente o do licenciamento...
ResponderEliminarAlteração de partidos, muita mas mesmo muita influência da Microsoft, alheamento por parte da opinião pública, pouca visibilidade dos (tremendos) avanços que foram dados a título de "cidade pioneira" e preço gratuito do Windows 10, ditaram a morte deste fantástico projeto...
ResponderEliminarUma pena, mas pode ser que as gerações futuras consigam fazer melhor, porque tenho total convicção de que nem será muito difícil.
Em ambientes controlados, com geeks sempre a postos para corrigir qualquer problema, o Linux funciona bem. No dia a dia do cidadão comum o Linux não oferece a praticidade do Windows. Além disso há a falta de aplicações específicas, um problema que mesmo o Mac com sua implantação mais abrangente também tem.
ResponderEliminarO Windows 10 ao contrário do que alguns acham não era e não é gratuito para empresas e estado (nem sequer as actualizações de versões anteriores), que normalmente querem utilizar as versões Enterprise para garantir determinados patamares de segurança e controlo.
ResponderEliminarAté o estado chinês que andava tão contra a Microsoft está a utilizar uma versão distribuída por uma empresa chinesa do Windows 10 Enterprise altamente escrutinada pelos chineses no seu código fonte base durante uns 2 anos antes de ser colocado ao serviço nos computadores do estado, com algumas alterações nos serviços e nas cifras utilizadas (entre eventuais outras não divulgadas).
Claro que não é fácil trocar de Windows para qualquer versão de sistema operativo de código aberto, porque não está tudo ainda baseado em computadores servidores remotos de onde corra tudo, e enquanto assim for será difícil substituir os Windows... pois para o funcionário público é lhe indiferente utilizar um browser em Windows ou um Browser em ubuntu para trabalhar desde que faça exactamente a mesma coisa quer num lado quer em outro. Até lá o Windows vai permanecer nos computadores.
Mas os espertos da Microsoft não andam a dormir e já andam a apostar forte nos serviços a partir de servidores remotos (Azure) com tudo e mais alguma coisa a correr lá... eles claramente estão a ver o mercado doméstico e sobretudo o comercial e governamental a mudar-se para a computação sobretudo realizada em servidores remotos e querem facturar independentemente do que os clientes queiram utilizar seja Windows, Linux, Ubuntu ou qualquer outra coisa... se quiserem, pagam e a Microsoft presta esse serviço e se for preciso assistência a dão... tudo pago claro! E é o que as empresas e governos querem... uma empresa que lhes preste o serviço e que tenha boas probabilidades de lhes prestar um bom serviço e continuar no mercado nas próximas décadas.