O estigma dos balões verdes nas mensagens versus os balões azuis continua a ser factor decisivo, e que ajudou a Apple a superar os 50% de mercado nos EUA com o seu iPhone.
Se por cá se pode considerar que um amigo ou conhecido fica "de fora" das conversas por não ter WhatsApp, nos EUA existe um fenómeno ainda maior em redor do iMessage da Apple. Nos iPhones, o processo de enviar SMS ou iMessage é exactamente o mesmo, com uma pequena diferença: quando se troca mensagens com outra pessoa com iPhone, o sistema utiliza o iMessage e apresenta um balão de conversação azul; quando se envia ou recebe mensagens com outros smartphones, ficamos limitados aos SMS comuns, e temos um balão verde.
Entre os grupos mais jovens, a diferença acaba por ter efeitos drásticos, já que a "intromissão" de um utilizador Android num grupo de conversação iMessage estraga as funcionalidades exclusivas do sistema da Apple, levando a críticas ou até à expulsão do grupo.
É algo que tem sido criticado pela Google, que não perde oportunidade para pedir à Apple que adira ao RCS, que facilitaria a compatibilidade entre plataformas, mas é preciso não esquecer que isto tem sido uma manobra deliberada da Apple, precisamente com esse objectivo de levar os consumidores a optarem pelos seus produtos. O próprio Steve Jobs disse que o iMessage seria um protocolo aberto quando o apresentou, mas posteriormente a Apple não levou o iMessage ao Android por não ter nada a ganhar com isso. A posição da Apple tem sido: "querem iMessage, comprem um iPhone!"
Veremos quanto mais tempo poderá fazê-lo, já que a UE se prepara para exigir a abertura das plataformas, que inclui a intercompatibilidade entre serviços de mensagens, que naturalmente englobará também o iMessage. Mas, até que isso aconteça na prática, a Apple continuará a beneficiar da discriminação dos balões verdes nas mensagens.
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