No início do mês a UE anunciou a aplicação de novas taxas, de até 38.1%(!) sobre as importações de carros da China, medida que foi imediatamente contestada não só pelos fabricantes chineses como também pelos próprios fabricantes europeus. Agora a UE dá um pequeno sinal de que estará disposta a negociar e fazer alguns ajustes.
Por agora os ajustes são meramente simbólicos e inconsequentes, baixando a taxa máxima de 38.1% para 37.6%, taxas que começam a ser aplicadas já em Julho, mas que só serão fixadas definitivamente em Novembro. O grande risco é que, em retaliação, a China aplique taxas idênticas às importações e vendas de modelos europeus fabricados na China, e que seria um verdadeiro "prego no caixão" para a venda destes modelos no apetecível mercado chinês.
De referir que estas taxas não prejudicam apenas os fabricantes chineses mas também todos os demais fabricantes que têm fábricas na China e que enviam modelos para a Europa, como a Tesla - que tem tentado negociar uma taxa diferenciada, mas que já indica no seu site em Portugal que alguns dos seus modelos poderão sofrer agravamento de preço em Julho, devido a estas novas taxas.
Veremos como as coisa ficam em Novembro, mas até lá, os interessados em carros eléctricos vindos da China poderão ter que pagar substancialmente mais por estes automóveis, já a partir da próxima semana.
A China não vai aplicar taxas a carros mas sim a outros produtos
ResponderEliminarA China já aplica taxas mais elevadas que as nossas ao automóveis importados. Por isso muitos carros europeus são já fabricados lá. O que se passa é que como as construtoras estrangeiras não podem operar na China per se, mas por via de uma holding chinesa, não só os carros de marcas chinesas podem ter acréscimo de tributação, mas marcas europeias que fabricam na China modelos com vista a exportação para a Europa.
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