2024/06/05

Google deixa de confiscar produtos enviados para reparação

A Google actualizou os termos de serviço para as reparações, deixando de ameaçar confiscar os equipamentos com peças não autorizadas.

Recentemente, a Google enfrentou uma vaga de críticas ao se descobrir que replicava as políticas abusivas (e potencialmente ilegais) da Samsung, a nível de ameaçar confiscar equipamentos que fossem enviados para reparação que tivessem componentes não oficiais. Era uma ameaça que era feita de forma diferenciada, nalguns países (como os EUA) ameaçando ficar com os equipamentos, mas na Europa dizendo que os mesmos seriam devolvidos aos donos. Algo que agora passa a aplicar a todos os países.

A Google clarifica que, em nenhuma circunstância ficará com os dispositivos dos clientes, mas reservando-se o direito de recusar a reparação se considerar que existe alguma alteração no dispositivo, de uma eventual reparação em sítio não oficial, que "cause preocupações de segurança".

É uma linguagem bastante mais correcta - que demonstra a importância de escolher as palavras certas - e que elimina o princial ponto abusivo das regras anteriores: confiscar equipamentos dos clientes seria algo completamente inaceitável. No entanto, continua a deixar em aberto uma margem bastante alargada para poder continuar a recusar reparações em equipamentos que tenham sofrido qualquer intervenção. Se nalgunas casos isso poderá ser compreensível e justificado, também permitirá recusas abusivas, alegando "preocupações de segurança" que podem não ter qualquer mérito real.

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