Surpreendentemente, a Apple removeu a necessidade de introdução do tradicional "número de série" do seu programa iWork 09.
Será esta uma tendência que a companhia irá seguir no futuro? Afinal, como todos sabem, todas as medidas para combater a pirataria são completamente ineficazes e apenas servem para complicar a vida a todos os utilizadores que adquirem os produtos legalmente.
(Aliás, há estudos que demonstram até que a partilha de ficheiros não prejudica em nada a economia - pelo contrário - mas isso é outro assunto.)
Tome-se como exemplo um qualquer jogo que tenha a mais avançada protecção anti-cópia: basta visitar o ThePirateBay para verificar que o jogo lá se encontra, disponível para download e instalação - quase sempre com alterações que o tornam bem mais cómodo para ser utilizado (como, por exemplo, permitindo que se jogue sem a necessidade de um CD/DVD original no drive.)
Veja-se o caso dos filmes Blu-ray, onde foram gastos milhões em tecnologias protecção anti-cópia (responsáveis até por inúmeros meses de atraso no seu lançamento) - tanta coisa, e todos os filmes se encontram também disponíveis para download (incluindo versões não comprimidas, cópias integrais do filme.)
Até o Windows, o suspeito número #1, com todas as técnicas (por vezes subreptícias) de comunicar com a Microsoft... continua a existir de forma "ilegal" em milhões de computadores por este mundo fora.
E onde quero chegar?...
Que tipo de software estarão vocês mais inclinados para comprar: um software que precisa de números de séries, de activações via Internet, e que instala diversos serviços que espiam o que fazem no vosso computador, tratando-vos como criminosos; ou um software que não desperdiça recursos com essas "paneleirices", e que se limita a fazer o que é suposto fazer - não vos penalizando por causa de outras pessoas que possam decidir piratá-lo?
2009/01/21
O Início do Fim da Anti-Pirataria?
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Um cliente meu, possuidor de um Macbook Pro, contou-me que quando um seu colega adquiriu um outro portátil (mas já com a nova versão do OS X), ele perguntou à assistência portuguesa da Apple se era possível ele actualizar o seu computador com o sistema do colega.
ResponderEliminarA assistência disse que sim, desde que o seu também fosse Intel, podia instalar o OS X novo do colega no seu computador.
Façam esta pergunta à Microsoft e vão ver a resposta que levam.
Não tenho dúvida que responderão a 1ª a maioria das pessoas e sabes porquê? Porque para eles a pergunta é a seguinte:
ResponderEliminarPreferes este software grátis ou este caro mas que se arranja grátis?
As pessoas têm tendência para valorizar aquilo que custa dinheiro e não o uso que lhe podem dar.
Nem é a questão do grátis. Estamos a falar de software pago.
ResponderEliminarIsso é também um problema que começa nas escolas - as pessoas usam aquilo que aprendem a usar.
Se aprendes a trabalhar com Windows e te metem um MS Office e um Photoshop à frente, é óbvio que te vais sentir mais à vontade com eles.
Mas, se começasses por usar SO gratuito, com um programa de edição de imagens gratuito - estarias muito mais predisposto a usá-lo, e a dar mais valor a software pago.
Assim começaria a pensar-se se realmente o software justifica o seu custo (para uns justificará, para outros nao, cada um decidiria por si.)
A China arranjou uma boa maneira de reduzir significativamente a pirataria: obrigou as empresas a baixar o preço dos produtos! Empresas como a Autodesk verificaram um aumento de 30% nas vendas... estranho? Acho que se o preço dos programas, musica, filmes, etc. fossem vendidos a um preço justo muita mais gente os adquiriria.
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