O som nos computadores. Uma evolução que passará completamente despercebida aos utilizadores de computadores mais recentes, mas que traz memórias bem queridas para quem -como eu- sempre gostou do "som" e dos "computadores", e que teve a oportunidade de acompanhar os loucos anos de 1980-1995 em que o áudio nos PCs se transformou por completo.
Hoje em dia o som de alta-qualidade é um dado adquirido que raramente merece consideração. Mas nem sempre assim foi... Embora computadores houvesse "à frente do seu tempo", como o Commodore Amiga, com os seus 4 canais de áudio digital, nos PCs as coisas começaram de forma bem mais modesta... com o simples PC "speaker", capaz de fazer pouco mais que beeps.... mas que chegou a ser utilizado de forma bem engenhosa para produzir som "digitalizado."
Claro que isso não era suficiente para satisfazer as necessidades "musicais" dos utilizadores, e rapidamente surgiram as primeiras "placas de som".
Placas como a mítica AdLib.
Um placa de síntese FM, com os seus sons característicos que não impressionariam ninguém, mas que na época deram toda uma nova dimensão sonora aos PCs.
Nos anos que se seguiram, a "guerra" das placas de som foi subindo cada vez mais de tom, com inúmeras marcas e modelos a surgirem no mercado. Placas como a Game Blaster (a percursora das Sound Blaster), e no topo da lista, as fabulosas placas e módulos MIDI como os Roland LAPC-I e MT-32.
Eram no entanto placas caras e reservadas para um público alvo mais profissional, restando à maioria das pessoas "sonhar" com elas...
A pedrada no charco chegou uns anos mais tade, com o surgimento da Gravis UltraSound (GUS)
Esta placa revolucionou tudo e todos, permitindo som de alta-qualidade (samples) em 32 canais. Cada "instrumento" ou "sample" era carregado para a sua memória (tinha 256Kb de memória integrada, podendo ser expandida nalguns modelo.)
Foi a época da grande-guerra sonora GUS vs SoundBlaster, em busca do máximo suporte e compatibilidade nos jogos.
A AWE32 foi a última grande placa de som dessa época, também suportando samples carregados dinamicamente e podendo ser expandida até 28MB de RAM. Lembro-me ainda de manter religiosamente vários "patchs" de instrumentos MIDI, escolhendo os samples de melhor qualidade cuidadosamente, de forma a que todos coubessem na RAM disponível (na altura os 8MB de RAM extra que possuia na minha AWE32 permitiam essas "loucuras". :)
E nos jogos que suportavam nativamente a AWE32 e a carregavam com samples à medida, a qualidade sonora era então fabulosa.
Mas... era uma época que se aproximava velozmente do seu fim...
Com a evolução tecnológica, qualquer placa permitiria reproduzir som digital "à discrição"...
E a verdade é que actualmente já poucos se dão ao trabalho de comprar uma placa de som dedicada... sendo que os chips sonoros integrados na motherboard são mais que suficientes para proporcionar uma experiência sonora imersiva, até com som surround 5.1 ou 7.1 se tal for necessário.
O seguinte vídeo demonstra bem a evolução que houve nestes anos:
"Falta" talvez a mais "famosa" em termos de produção áudio (no inicio do digital).
ResponderEliminarO interface 1212 da Korg
http://www.korg.com/SupportResults.aspx?productid=446
http://www.sonicstate.com/directories/software/korg1212.html
http://www.dancetech.com/item.cfm?threadid=248&lang=0
As que foram referidas são apenas e só "brincadeiras". Usadas a nível domestico e muito rudimentar.
Não te esqueças dos três canais de som do Timex TC2068. Ainda brinquei muito com eles.
ResponderEliminarComo é que este artigo me escapou!!!!!!!! AWE32 minha primeira placa de som, ainda tenho aqui midis por editar da altura (um dia ainda vou editar o meu cd :P)
ResponderEliminarCarlos vê lá se isto te interessa?
http://nzalmeida.pedaserra.net/publico/TTD.tar.gz
O sbk do ubuntu é bastante bom mas falta-lhe instrumentos :S por isso usa outro SBK para os que faltam q não é tão bom. Tenho de perder uns minutos um dia. Até tenho no meu carro as músicas.