Muitos atletas e desportistas já terão ouvido falar dos treinos de alta-intensidade, onde em vez de se manter um ritmo constante ao longo de um treino, se opta por um sistema que alterna por picos de actividade extrema alternados com períodos de repouso. (Por exemplo, em vez de correrem 20 minutos em "velocidade de cruzeiro"; correrão 1 minuto a alta-velocidade, seguido de 1 minuto a baixa velocidade, e repetindo o processo - resultando no final em 10 minutos totais de corrida a alta-velocidade que provavelmente não conseguiriam manter continuamente; e com estudos que apontam que a eficiência deste tipo de treino tem vantagens para o organismo.)
Agora, investigadores querem aplicar o mesmo conceito ao funcionamento dos CPUs.
O grande inimigo dos CPUs actuais é o calor que é gerados pelos milhões de transístores que existem no seu interior, energia desperdiçada e que tem que ser dissipada de forma eficiente para evitar que o CPU "derreta" . Nos computadores de secretária isso é resolvido com dissipadores volumosos assistidos por ventoinhas; mas no caso dos equipamentos mobile... a coisa torna-se duplamente mais complicada: não só pelo facto de não haver espaço para instalar dissipadores volumosos, como pelo facto de terem que funcionar a partir de uma bateria mas ainda assim oferecer uma autonomia aceitável.
Estes investigadores dizem que também os CPUs poderão beneficiar de um método de funcionamento onde se alterne entre uma potência de funcionamento acima do normal, por breve períodos de tempo, seguido de um tempo de repouso em funcionamento mais lento que permita a dissipação do calor acumulado.
Teoricamente, tornar-se-á mais eficiente correr um CPU a 200% por 50% do tempo, e a 10% nos restantes 50%... do que continuamente a 100%. Se os resultados forem mesmo os que se esperam, não deverá demorar muito para que esta técnica passe a ser aproveitada pelos fabricantes de CPUs.
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