2013/03/15

Streaming de Vídeo UltraHD 4K chegará em Breve



Ainda me lembro perfeitamente do tempo em que qualquer pessoa que dissesse que a Internet substituiria a televisão seria olhada como sendo louca. E ainda "recentemente", bastará lembrar que havia quem encarasse igualmente como absurda a aquisição de um tal serviço chamado YouTube pelo Google. Mas os anos passam... e hoje, para um número crescente de pessoas, a Internet é a fonte principal de todo o tipo de conteúdos, incluindo o vídeo.

Noutros tempos encaramos com olhos bem arregalados as "altas-tecnologias" que nos permitiam ver conteúdos de vídeo em nossa casa. O primeiro leitor de VHS que chegou a minha casa reuniu honras de reunir os vizinhos para que vissem essa maravilha tecnológica que nos desprendia dos canais de televisão. Mais tarde, o DVD veio trazer-nos uma definição de imagem digital que conquistou tudo e todos... e mais recentemente, temos o Bluray... que no entanto não me parece estar a conseguir cativar tanta gente como os formatos anterior - e em grande parte, imagino eu, devido à tal "internet".

Quem parece acreditar nisso é a Netflix, que diz que dentro de um ano ou dois, o streaming de vídeo na internet permitirá a transmissão de vídeos em resolução 4K, o chamado Ultra HD que proporcionará um realismo nunca antes visto. Mas claro que a resolução não é tudo (como Peter Jackson bem demonstrou recentemente ao nos oferecer o The Hobbit em 48fps) e também a Netflix espera que com a transição para a transmissão digital, os criadores possam finalmente começar a tirar partido dos framerates mais elevados. O standard Ultra HD permite frequências de 48, 60 e 120 frames por segundo; mas sendo preciso ter em conta que o HDMI actual nem sequer suporta tal resolução a 120fps.

Com os novos codecs, e sem os constrangimentos dos suportes físicos (e principalmente dos DRM que tanto atrasaram a adopção do sucessor do DVD - para não falar da batalha dos formatos HD-DVD e Bluray), também acredito que não haverá forma de impedir a natural evolução e progressão do vídeo, deixando para trás os limitativos 24fps que apenas permanecem por motivos históricos dos tempos da película.

Os puristas do celulóide poderão dizer que se perde o "look&feel" do cinema... mas se assim fosse, ainda estaríamos a ver filmes mudos e a preto e brancos, com frame rates à "Charlie Chaplin".

Venham de lá as séries e filmes em 4K a 120fps... e claro... uns ecrãs de 84-100" a preços económicos para que possamos tirar partido disso como deve ser. :)

1 comentário:

  1. E além de mais resolução e mais frames rate, também queremos uma gama dinamica maior, para podermos representar o HDR mais próximo da realidade.

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