O Google Glass lá vai revelando alguns dos seus segredos a cada dia que passa, e hoje ficamos a conhecer alguns dos sensores que contém e que poderão potenciar aplicações no campo da realidade aumentada. Eu não chegaria ao ponto de lhes chamar sensores "secretos" como é referido, já que se trata apenas do tipo de informação que podemos obter em qualquer smartphone actual com acelerómetros, giroscópio, e bússola digital.
O "problema" é que no estado actual, a API de programação que o Google disponibiliza para o Glass não dá acesso a esta informação, e uma vez que também não deixam correr apps nativamente no Glass... não há forma oficial de poder aceder a estes dados.
Com estes dados sobre a orientação e movimento da cabeça do utilizador, seria teoricamente possível exibir informação no ecrã que parecesse ficar sobreposta no mundo real - um pouco ao estilo do que vemos em inúmeras demonstrações e apps de realidade aumentada, vistas através das câmaras e ecrãs dos smartphones. Mas, penso que realisticamente falando, isso é um tipo de app que apenas começará a ser explorado quando estiverem disponíveis chips como o AR Engine, que permitirão esse tipo de funcionalidade de forma contínua e sem afectar drasticamente a autonomia (espera-se).
Por outro lado, o seguinte vídeo demonstra também uma coisa que pessoalmente me vai chatear no Glass... reparem no rainbow effect no display do Glass... Bem sei que o efeito fica exagerado ao ser filmado por uma câmara mas... bem que poderia ter usado OLEDs ou outra tecnologia sem os inconvenientes dos "refreshes".
Esperemos que a API não forneça ainda essa info talvez pelo facto de não estar ainda estável. Caso contrário a Google deixa de se distinguir da Apple que disponibiliza APIs públicas com inúmeras limitações.
ResponderEliminarPenso que as limitações se deverão apenas ao facto de tudo ainda estar muito "verde". Se o Glass tem a autonomia que tem com as limitações impostas... imagine-se quanto duraria com apps que pudessem "abusar" um pouco?
EliminarÉ natural que o Google vá indo "devagar", e se adaptando em função das necessidades e exigências... e também daquilo que for tecnicamente possível.
Qual seria o feedback dos utilizadores caso instalassem uma App de realidade aumentada nos Glass, que depois os deixassem sem bateria ao final de 30 minutos? :)