2013/09/18

O outro lado da apps antigas automáticas do iOS


Ontem falámos de uma nova opção bastante interessante que a Apple implementou para que os equipamentos com iOS mais antigos não ficassem esquecidos quando tentassem instalar uma app que obrigasse a ter uma versão do iOS mais recente; e que sugeria uma versão mais antiga da app que fosse compatível com o seu iOS. Mas... este sistema não está a agradar a alguns developers, que explicam porquê.

A ideia de oferecer uma app antiga compatível com o iOS do utilizador é boa; mas pode vir a originar grandes frustrações e problemas. Para começar, os developers não têm forma de saber quais as apps que estão a ser disponibilizadas para cada versão do iOS. Em segundo lugar, muitas dessas apps poderão estar dependentes de APIs ou serviços que entretanto foram modificados e portanto não irão trabalhar (por exemplo, uma app que desse uso à antiga API do Twitter) - o que irá causar enorme frustração nos utilizadores, que se irão queixar da falta de qualidade da app. E em terceiro lugar, os developers não têm neste momento forma de disponibilizar actualizações para apps antigas para que pudessem corrigir os problemas mesmo que o quisessem fazer.

São questões que certamente merecem a atenção e resposta por parte da Apple, pois senão ficamos sujeitos a que um conceito que à partida é bastante interessante poderá acabar por se tornar numa fonte de enorme frustração para os utilizadores... e "dar mau nome" ao iOS.

Actualização: a Apple já passou a dar o controlo aos developers para que possam limitar esta funcionalidade.

Com o iOS7 a ficar disponível hoje publicamente (a partir das 18h em Portugal), vai ser interessante ver qual será a adesão ao novo iOS, e ver qual a percentagem de utilizadores que irá optar por aguardar algum tempo antes de mudar - e também qual a percentagem de utilizadores que, tendo equipamentos que não podem ser actualizados para o iOS7, irão ficar presos no iOS6. Há por aí utilizadores com iPhones 3GS que ainda o usem diariamente e planeiem continuar a fazê-lo por mais um anito?

5 comentários:

  1. Ás vezes pergunto-me se a questão da fragmentação não será inevitável... seja em que sistema for.

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  2. Eu tenho um iPhone 3G que uso diariamente. Mas ainda estou no ios 3.01 + JB. Já acusa os 5 anos de velhice. Claro que não consigo instalar apps novas nem faço actualizações. Até o encostar na prateleira vai ter que dar. Quem sabe, este ano...

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  3. O 3GS trespassei-o à minha sócia, que já anda com ele há um ano (ou seja, tem quatro).
    Vai, sem qualquer dúvida, andar com ele mais um ano ou dois.

    Mas não há nada que permita fugir a este gráfico:
    http://www.businessinsider.com/the-new-iphone-is-40x-faster-than-the-original-iphone-2013-9

    Lá por casa anda o primeiro iPod Touch que parou no iOS (...).

    Não sei se quando a coisa é vista assim, com anos de diferença entre os equipamentos, se pode falar em fragmentação ou em consequências, inevitáveis, da obsolescência tecnológica. Que os developers terão maior tendência para desenvolver apps para iOS 7 e a esquecer os anteriores parece-me inevitável.

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  4. Há que ver a situação pela perspectiva do "copo meio cheio" pois para o utilizador é preferível ter a opção de instalar uma app limitada e/ou com bugs, e posteriormente apagar, do que não ter hipótese nenhuma. Tenho uma situação assim agora: o meu iPad 1 parou no iOS 5 e apps que antes funcionavam bem nele e que apaguei (pois não tinha uso para elas na altura) agora simplesmente não instalam, como o Shazam ou o Sygic Europa Ocidental. Dessa forma terei a hipótese de voltar a instala-las, mesmo que não tenham as funções de topo ou apresentem bugs.

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