2014/01/21

HP regressa ao Windows 7

Não, não é engano. Em plena época Windows 8, a HP está a fazer uma campanha onde promove as máquinas com o anterior Windows 7 dizendo que é isso que os clientes procuram.



É apenas mais um caso nos muitos que têm surgido, e onde muitos utilizadores - e especialmente empresas - têm olhado com enorme desconfiança para o novo sistema operativo da MS que parece ter sido feito a pensar principalmente numa utilização com touchscreen, que não corresponde à realidade da maioria dos computadores desktop e computadores portáteis.

Talvez em jeito de justificação, a HP diz que esta oferta surge por "pressão dos clientes", como se estivesse a dizer à Microsoft: "nós tentamos vender o Windows 8, mas o que os clientes querem é o Windows 7, e nós temos é que vender máquinas." E há também que relembrar que enquanto vai dizendo que o Windows 8 é um sucesso, a própria MS acelera também o passo para a chegada do próximo Windows 9, onde se espera que suavize esta transição do desktop clássico do Windows 7 para o moderno "Metro UI" com as suas Live Tiles - que são interessantes e funcionais... mas não num contexto empresarial treinado em quase duas décadas de "Windows" com start menu.

Ficará assim oficializado que o Windows 8 passará a figurar ao lado dos indesejáveis Windows Me e Windows Vista? Ou acham que é uma má fama injustificada que se deve apenas à resistência à mudança?

6 comentários:

  1. Na Microsoft temos de esperar uma coisa ao nível dos Windows:
    OK: Windows 2000
    Shit: Windows Millenium
    OK: Windows XP
    Shit: Windows Vista
    OK: Windows 7
    Shit: Windows 8
    ...
    É quase tão certo como eu estar a escrever.

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    1. O Windows XP só se tornou bom depois de uns quantos updates...
      O Vista foi o fiasco porque exigia hardware muito poderoso para a altura e só com esse é que a Microsoft aprendeu que devia tornar o seu OS mais eficiente com cada iteração e não mais pesado.

      O Windows 8 trás inúmeras melhorias relativamente ao Windows 7 em termos de funcionalidade mas depois estragou tudo quando forçaram o UI de tablet no desktop.
      Há quem goste? Claro que sim, existe uma minoria vocal que não se cansa de defender o Windows 8.

      Mas não é por eles defenderem o Windows 8 que vão convencer quem não gosta da aberração que é o Metro UI no desktop a gastar dinheiro para fazer o update para algo que não gostam (como é o meu caso).

      Acho que a HP faz muito bem em fazer isto e só é pena que não haja um OS alternativo ao Windows para aproveitar estas falhas da MS.

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    2. Não há alternativas?
      O senhor faça o favor de acordar para a vida, já estamos em 2014.

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  2. Pois eu compreendo que as pessoas tentem poupar dinheiro adiando ou cancelando upgrades, sejam eles de OS, aplicacoes ou hardware. Cada qual sabe o que faz ao orçamento que tem.

    Pelo que se ve hoje nos volumes de vendas de equipamento com iOS e Android, parece-me bastante claro que daqui por meia duzia de anos, a totalidade do mercado de OS vai estar dividida mais perto de 40% MS, 30% Android, 10% Apple. Vai é incluir mais tipos de aparelhos do que aqueles que normalmente incluimos na categoria "PC".

    Quem espera que a MS estabeleça um período de 10 anos entre versões de OS é que eu acho que vai ter um desgosto. O XP durou mais do que o planeado porque o Vista se atrasou e depois houve recuos ao permitir downgrade rights e outras excepções que ajudaram as vendas no curto prazo e estabeleceram maus hábitos que vão ter que ser combatidos no longo prazo.

    Entre o W8 e W9 acho que ainda em 2014 vamos ver a maioria dos laptops a serem vendidos com touchscreens. Por essa altura acredito que a conversa da malta anti-metro vai ser esquecida, da mesma maneira que se esqueceram que quando o XP foi lançado, aquilo não corria, arrastava-se...

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    1. E trabalhas 8 horas, de braço levantado, a arrastar janelas? É que a lógica dos touchscreens funciona bem em smartphones e tablets, mas não num contexto de trabalho intensivo. Se colocas o touchscreen na horizontal, dás cabo da coluna. Se o colocas na vertical, dás cabos dos braços. Para já, não é alternativa ao teclado+rato.

      Quanto ao ambiente Windows, atenção: os sistemas Microsoft são um universo com algum sentido. A integração das aplicações do Office e destas com o Windows através do VBA e dos objectos, não é fácil de reproduzir com as alternativas. Portanto, o recuo da MS nesta área (que tem acontecido, com a remoção de funcionalidades que muitos utilizadores profissionais utilizavam) é um tiro no pé e nos clientes.
      Os custos de refazer/reproduzir e de deixar de fazer e produzir os milhares de soluções que os utilizadores e ITs têm em produção nas empresas e nas administrações públicas torna a análise de vantagem, tudo menos linear.

      Cumps
      Pedro

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    2. Pedro: eu comecei a responder ontem, mas estava a usar o meu Nexus 7 e perdi a paciencia com o teclado virtual ;)
      Do meu ponto de vista, a existencia de touchscreens em laptops (e desktops) nao implica que todo ou a maior parte do input seja feito sem teclado ou rato. O que ja vi ate agora e que usar o toque as vezes complementa o que ja se faz com teclado e rato.
      Colegas meus que ja tem laptops com touchscreen dizem que ja nao querem outra coisa, e certamente nao e para tarefas como escrever um texto extenso. Quero com isto reafimar que o touchscreen nao tem que ser "alternativa" ao teclado+rato. O que eu digo e que antes do fim de 2014 vai ser equipamento de serie na maioria dos modelos de laptop a venda.

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