2014/09/14
Eras capaz de reduzir o teu smartphone ao essencial?
Os smartphones "infectaram" a nossa sociedade, e bastará perguntar a qualquer pessoa para que chovam argumentos sobre as mil e uma coisas em que nos facilitaram a vida. Mas há também quem argumente que o excesso de apps e funcionalidades tem servido para desligar as pessoas do mundo em seu redor, e nos desafie a fazer algo quase impensável: reduzir o uso do smartphone ao estritamente essencial.
A ideia de ter um smartphone com um conjunto de funções limitadas poderá agora parecer pré-histórico, mas era precisamente o que o iPhone original nos propunha, até realmente atingir o "jackpot" com a abertura do desenvolvimento de apps para todos e a criação da App Store, cujo efeito foi aquele que todos conhecemos.
Em breve, de um ecrã com apps passamos a ter dois, três, quatro, cinco... eventualmente levando a que se tivesse que aumentar o número de apps e ecrãs possível - e mais tarde ainda a que surgissem as pastas para se poder organizar (acumular?) ainda mais apps. Será realmente que faz sentido ter todas essas apps - muitas das quais nos bombardeiam com notificações para que lhes demos atenção - e no processo deixarmos de dar atenção às pessoas que nos rodeiam e a tudo o mais? (E ainda falta descobrir se os smartwaches não irão tornar ainda mais insustentável essa situação.)
Jake Knapp fartou-se disso e propôs-se a fazer algo radical: desinstalar tudo o que fosse uma fonte de distração, reduzindo o seu iPhone ao essencial - e um ano depois, conta-nos como a sua vida mudou, e como já conseguiu inspirar muitas mais pessoas a seguirem os seus passos.
Não tenham ilusões... não se trata de simplesmente desinstalar aquelas apps que usam raramente, mas sim tudo o que vos poderá fazer querer olhar para o smartphone! Ou seja, nem pensar em redes sociais como Facebook e Twitter; mas também coisas como o Safari e o próprio email (que não podendo ser desinstaladas no iOS, tiveram que ser "removidas" por meio do painel de controlo das "restrições".)
O resultado é um pouco assustador, e que fará muitos dizerem "para isso mais valia usar um telemóvel". Mas como Jake diz, mesmo sem tudo isso que damos por garantido, continua a apreciar poder ter acesso ao Google Maps, ter lembretes geolocalizados, etc. Mas o que é certo, é que considerando aquelas pessoas que já nem sequer levantam os olhos dos smartphones quando estão em casa com a família, ou num jantar com os amigos... talvez não fosse má ideia de vez em quando pararmos para pensar um pouco e pensarmos se não nos estaremos a tornar escravos desta ferramenta que deveria servir para nos dar mais tempo livre em vez de o ocupar totalmente.
Que vos parece... seriam capazes de "largarem o vício" dos smartphones?
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Já pensei algo do género algumas vezes, até andei com um Nokia 101 uns dias, mas nada feito. O smartphone já faz parte do nosso corpo.
ResponderEliminarA ideia na sua essência não é má, mas o extremismo a que é levada acaba por me fazer não gostar dela.
ResponderEliminarDesligar todas as notificações e impedir que o telefone esteja sempre a pedir atenção é algo que já fiz há algum tempo. Mas remover mesmo as aplicações ficando impossibilitado de as utilizar não faz o menor sentido, pois quem impõe as regras sou eu e não o telefone, por isso mesmo quando quero utilizar abro a aplicação, quando não quero está lá quietinha.
Não vejo qual a lógica de pagar por um smartphone e depois utilizá-lo como um simples telemóvel.
Concordo com o seu comentário, uma coisa é não estar estar dependente e tornar a nossa vida artificial outra é de extremista.
EliminarO meio termo tem funcionado ben para mim.
Excelente artigo!
ResponderEliminarÓptimo artigo!!
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