A chegada do novo OS X Yosemite da Apple veio acompanhada por um Spotlight mais potente que permite expandir os resultados das pesquisas que se fazem, mas que tem levantado alguma polémica devido aos dados que são enviados para a Apple.
O Spotlight nos Macs é uma ferramenta de pesquisa que tradicionalmente funcionava apenas localmente na própria máquina. Mas, tal como já acontece no iOS há algum tempo, a Apple expandiu as capacidades de pesquisa do spotlight do Yosemite de modo a incluir também resultados vindos da web. Só que alguns utilizadores não gostaram de ver que tudo aquilo que escrevem no spotlight esteja a ser transmitido para a Apple, e denunciaram isso como uma violação de privacidade - por exemplo, poderiam estar a pesquisar por um documento com um nome "secreto" que assim passará a ser do conhecimento da Apple - e que para além desses dados inclui também as últimas apps que abriram e a vossa localização geográfica aproximada.
Mas a Apple implementou um sistema com o qual pretende dar alguma garantia de privacidade aos utilizadores do OS X Yosemite. Para começar, os utilizadores poderão desactivar a apresentação das sugestões vindas da web e os serviços de geolocalização para o Spotlight. Mas mais interessante será o facto de que, mesmo quando os utilizadores usam essas funcionalidades, as mesmas são associadas a um identificador anónimo que é automaticamente destruído a cada 15 minutos; pelo que nem sequer a própria Apple poderá identificar que alguém que tenha pesquisado por algo como "como fazer uma bomba" seja a mesma pessoa que 20 minutos depois esteja a pesquisar por receitas de bolos de chocolate, assim impossibilitando a criação de qualquer tipo de perfil digital - pelo menos, à custa do Spotlight.
Portanto, parece não haver grandes motivos para levarem a mal as novas funcionalidades do spotlight, mas se mesmo assim não quiserem que as vossas pesquisas sejam enviadas para a Apple, poderão simplesmente desactivar as Spotlight Suggestions, o Bing e os Location Services para o Spotlight.
É como no Ubuntu, quando isso apareceu também foi grande a polémica, mas sempre teve lá a opção de desactivar.
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