Apple Watch já enfrenta tattoo-gate por não lidar bem com tatuagens

Parece que cada novo lançamento de um produto da Apple não se livra de (tentar) ser envolvido em casos de polémica, e o Apple Watch não é excepção. Como se não bastasse não permitirem apps de relógio no Apple Watch, e mesmo depois de terem explicado como funciona o seu sensor de frequência cardíaca, já começam as reclamações de que o Apple Watch não gosta de quem tem tatuagens a cobrir os pulsos.

Novamente, é algo que será exagerado pelo facto de se tratar do smartwatch da Apple (alguma vez alguém se queixou de que o sensor de um Moto 360 ou LG Watch não lidava bem com tatuagens?) mas que não deixa de ter motivos válidos para ser feito. É que ao contrário de outros smartwatches onde este sensor é usado apenas para efeitos de registos esporádicos, no Apple Watch a detecção do pulso torna-se crítica para outras funções.

Por questões de segurança o Apple Watch pede imediatamente o PIN quando detecta que foi removido do pulso; o que para utilizadores com tatuagens no pulso pode fazer com que estejam continuamente a ser confrontados com esse pedido. Para além disso, há outras funções, como o registo de actividade, pagamentos, etc. que também se tornarão muito menos funcionais do que seria esperado.

Actualização: a Apple já adicionou a referência às tatuagens como podendo interferir com os sensores do Apple Watch.

Nem todas as tatuagens impossibilitam o uso do Apple Watch, dependendo das cores e intensidade utilizadas. Mas se tiverem tatuagens a cobrir os pulsos e estiverem interessados em comprar um Apple Watch, será algo que deverão ter em consideração (e fico também a aguardar que surjam relatos de que o Apple Watch em pessoas de pele escura gasta mais bateria que nas de pele clara, e logo: que o Apple Watch é racista - ainda se arrisca a a ser expulso dos jogos de futebol.)