Parece que se aproxima nova guerra de gigantes na Europa, com o relato de que um operador de telecomunicações europeu se prepara para activar um sistema de remoção de publicidade nas ligações de internet mobile - uma medida que se tornaria desastrosa para empresas como o Google, que dependem dessa publicidade.
A notícia não refere qual é o operador Europeu, mas diz que os seus planos são de activar este sistema de ad-blocking antes do final do ano, como forma de reduzir a quantidade de dados gastos. Uma justificação que não convencerá todos, considerando que continuam a ser muitos os sites que usam imagens desproporcionadamente grandes que tornam irrelevante o tamanho ocupado pela publicidade.
Mas também não fica esclarecido se este sistema será algo que será activado para todos os clientes, ou se será um novo serviço que o operador deixe ao critério dos utilizadores usarem ou não (eventualmente, até cobrando por isso?) Também não fica explicado se este serviço de bloqueio de publicidade continuará a deixar passar "alguma" publicidade, de redes de anúncios que façam parcerias com o operador - ou até se chegaremos ao ponto de trocar uns anúncios por outros.
Questões que, de uma forma ou de outra, levantarão novas discussões sobre a neutralidade da internet e da necessidade de proibir determinantemente todo o tipo de interferência com o fluxo de dados que circula na internet. Sim, um utilizador final deverá ter o direito de usar um ad-blocker, se assim o entender, mas não deverá ser o operador a interferir e modificar aquilo que lhe é enviado por um site - mesmo que isso seja publicidade. Senão, damos o primeiro passo para que depois dos anúncios se comecem a remover ou inserir outros conteúdos... e é melhor nem pensar a que cenários é que isso poderá levar.
... Não admira pois que haja o desejo de transitarmos para uma internet em que todos os sites utilizem HTTPS como forma de evitar este tipo de interferências.
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