Graças a Edward Snowden ficamos a saber que muitas das "teorias da conspiração" sobre a espionagem em larga escala não só eram reais, como iam até para além do que se poderia imaginar. Será que isto é apenas a ponta do iceberg? Richard Stallman pensa que sim, como nos conta o Bruno Miguel.
Richard Stallman, também conhecido pelo nick "rms", é um ativista e programador famoso. Ele fundou a Free Software Foundation, lançou o projeto GNU, e desenvolveu as versões iniciais do GCC e do GNU Emacs. No entanto, talvez seja mais conhecido pelas suas declarações, que muitos consideram polémicas e extremistas.
No seu mais recente artigo no jornal The Guardian, Stallman volta a fazer declarações que serão tudo menos populares. O ativista "aponta armas" novamente à Microsoft, Apple, Google e demais empresas tecnológicas, afirmando que elas instalam malware nos produtos que comercializam.
Convém, no entanto, perceber a que se refere o autor quando faz a alusão a malware. Neste caso, não se trata de vírus informáticos, mas sim das aplicações que ele considera não respeitarem os utilizadores. Citando o autor:
To be sure, I am not talking about viruses. Malware is the name for a program designed to mistreat its users. Viruses typically are malicious, but software products and software preinstalled in products can also be malicious – and often are, when not free/libre.Uma das alusões feitas por Richard Stallman é o sistema operativo. As funcionalidades que registam tudo que o utilizador faz, sem o conhecimento do próprio, e as falhas introduzidas intencionalmente, são alguns dos exemplos dados. Outros, são a Smart TV que grava tudo o que é dito próximo dela e a recente polémica que envolve a General Motors.
Apesar de Stallman normalmente causar mais discordância que concordância, talvez devido à forma bruta e direta com que fala e/ou escreve, julgo que será um bom exercício cada um pensar um pouco sobre o assunto e equacionar a possibilidade de tais declarações serem verdade.
Por Bruno Miguel
*imagem sob a licença cc-by-nd-3.0. origem
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