2017/03/17

Carros autónomos da Uber precisaram de intervenção humana a cada milha


Demonstrando que ter carros autónomos a circular nas estradas reais não é tarefa fácil, temos um relatório da Uber sobre os seus Volvos autónomos, que em média ainda necessitaram de intervenção humana a cada 0.8 milhas.

A Uber tem continuado a apostar em força nos carros autónomos, e vai acumulando cada vez mais quilómetros percorridos por estes veículos, mas os resultados revelam as dificuldades de trazer esta tecnologia para o mundo real, e que muito há ainda por fazer até que um carro autónomo esteja ao nível que se espera dele.

No caso dos Volvo autónomos utilizados pela Uber, os condutores foram obrigados a intervir em média uma vez a cada 0.8 milhas (ou seja, nem sequer conseguiam fazer 2km seguidos sem que o condutor humano tivesse que efectuar qualquer correcção); embora o número de intervenções para evitar situações graves (como acidentes) tenha sido reduzido para uma uma intervenção a cada 200 milhas. Também pouco inspirador é o registo que indica que o número de "más experiências" - situações em que o carro pode fazer uma travagem brusca ou outros movimentos súbitos que perturbem a viagem dos passageiros - tenha subido para uma média de uma a cada 1.9 milhas. Ou seja, é bem provável que todos os passageiros sejam sujeitos a alguns "sustos" em toda e qualquer viagem que façam nestes Uber autónomos.

É certo que é com este tipo de experiências que se consegue melhorar e ir aproximando os carros autónomos daquilo que se espera deles; mas por outro lado demonstra também que a Google parece ter um avanço considerável nesta área, pois os seus carros autónomos tem uma taxa muito mais reduzida de intervenções humanas a conduzir no mundo real. Se calhar, será mais fácil que empresas como a Uber (e fabricantes automóveis) simplesmente licenciem a tecnologia da Google... e assim melhorem significativamente as capacidades dos seus carros autónomos.

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