2017/03/04

DNA pode ser o "disco" perfeito para armazenamento digital


É incrível que se consigam guardar centenas de gigabytes de dados num cartão de memória de tamanho reduzido, ou que um pequeno disco rígido carregue terabytes de informação - mas mais incrível é constatar que tudo isso fica a anos luz de distância do que se pode fazer com o ADN/DNA.

É certo que o DNA conta com um "pequeno" avanço de alguns milhares de milhões de anos, mas o resultado dessa evolução é um formato super-eficiente e resistente que permite armazenar uma gigantesca quantidade de dados num volume ultra-reduzido. Por exemplo, um simples grama de DNA contém mais de 215 mil terabytes de dados, e tal densidade faz com que toda a informação digital existente na Terra poderia ser arquivada num volume idêntico à da bagageira de um automóvel.

Claro que nem tudo são vantagens. O processo de ler e escrever DNA é ainda mais trabalhoso e moroso, e para além disso há que lidar com potenciais erros de leitura, degradação (no caso de não se armazenarem os dados nas condições ideais), e ainda a questão de que o próprio processo de leitura é destrutivo, degradando o DNA. Coisas que vão sendo contornadas com a criação de códigos de correcção de erros, replicação para garantir a segurança dos dados, etc.

Não é de esperar que a utilização de DNA para efeitos de arquivo digital doméstico se torne prático nas próximas décadas, mas para situações específicas em que a densidade de informação seja um factor crítico, poderá muito bem vir a ser uma opção a considerar - assim que a tecnologia facilitar todo o processo de escrita/leitura/armazenamento dos dados.

1 comentário:

  1. Nem quero imaginar quanto pagaríamos de imposto de direitos de autor por um grama de DNA em Portugal (devia dar para comprar uns Kg em Ouro, mas para isso era preciso vender uns 100gramas de Rins ) :P

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