2017/03/13

Queimar pilhas na lareira era recomendado nos anos 50


Hoje em dia será difícil encontrarem uma pilha ou bateria que não contenha avisos bem claros de que não as deverão queimar ou tentar abrir, mas nem sempre assim foi: nos anos 50, era recomendado desfazerem-se das pilhas usadas queimando-as na lareira.

Não é preciso recuar mais que um século para nos deparamos com coisas que agora nos fazem arrepiar. E uma delas será certamente a recomendação da revista Popular Science, em Novembro de 1951, de que o método ideal para se desfazerem das pilhas usadas era simplesmente queimarem-nas na lareira.

Curiosamente, embora continue a ser nada recomendável incendiarem pilhas ou baterias, esta recomendação dos anos 50 não era tão perigosa na altura como seria hoje em dia. Naquela alturas as baterias não eram seladas e por isso não acumulavam pressão suficiente para explodirem - não deixando de ser curioso que a revista também argumentava que o processo de queimar as pilhas poderia ajudar a reduzir a acumulação de fuligem, e que os diferentes compostos químicos nas pilhas também resultavam em chamas coloridas.

... Talvez pior fosse o fascínio com a radioactividade algumas décadas atrás... e onde até havia quem fizesse questão de publicitar que a sua água radioactiva revigorante era mais radioactiva que a da concorrência.

Interrogo-me como é que daqui por mais umas décadas as pessoas olharão para o início do século XXI e arrepiar-se-ão com alguns dos comportamentos que por agora consideramos perfeitamente normais. (Isto, assumindo que ainda teremos planeta e pessoas por cá a habitar por essa altura...)


3 comentários:

  1. Nas pilhas antigas, era apenas zinco, carbono e pasta de dióxido de manganês com cloreto de amónia... as famosas pilhas secas, que na realidade não eram secas...

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  2. No futuro ficarão pasmados ao verificarem que nós lançamos gases produzidos pelos motores dos nossos veículos na atmosfera.

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  3. No futuro ficarão pasmados ao verificarem que nós lançamos gases :)

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