2017/11/21
Europa quer usar blockchain para impedir manipulação da quilometragem nos automóveis
Desconfiar da quilometragem indicada num automóvel pode em breve tornar-se numa coisa do passado, graças à ajuda da tecnologia do momento: o blockchain.
O blockchain pode actualmente ser associadas às criptomoedas, mas na verdade esta tecnologia tem potencial para ser aplicada em muitas outras áreas onde seja desejável manter um registo descentralizado e à prova de tentativas de manipulação - algo que pode assentar que nem uma luva no registo da quilometragem dos veículos.
Se bem implementado (leia-se: não ser um blockchain que fica sob controlo de uma única entidade, em cujo caso será o equivalente a ter uma mera base de dados que continua a estar sujeita a manipulações) isto garantirá que os dados apresentados são realmente de confiança, podendo ser comprovados por qualquer pessoa. Dito de outra forma, um automóvel que apresente uma quilometragem de 100 mil quilómetros, terá garantidamente essa quilometragem, sem risco de 100 mil quilómetros adicionais terem "milagrosamente" sido apagados por via das artes digitais.
Será uma tecnologia bem vinda, mas penso que já chega tarde demais, e com potencial benéfico reduzido: isto assumindo que o mercado estará a transitar para um modelo de utilização de veículos partilhados (eventualmente autónomos) e que isso poderá acontecer mais depressa do que se imagina - a Uber acaba de encomendar 24 mil Volvos autónomos para expandir a sua frota autónoma, assim evitando as polémicas questões relacionadas com motoristas humanos (que felizmente é coisa que em Portugal não temos com que nos preocupar).
Nesta situação, em que estas frotas de carros pertencem a empresas de transportes, as "virtudes" da falsificação de quilómetros deixam de fazer sentido, pois será do interesse das próprias empresas manter esse registo detalhado, tanto para efeitos de controlo, como para análise de custos, manutenção preventiva, etc. etc. Ainda assim, poderá ser uma forma de garantir a transparência desses dados... pelo que não se perde nada em aplicá-la.
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Olá Carlos, podes partilhar o link do artigo original ? Obrigado.
ResponderEliminarEstá no artigo (2º link)
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