Ter um portátil potente num formato compacto é algo que se vai tornando cada vez mais comum, e hoje vamos que tal se comporta o Yoga 720 da Lenovo.
A Lenovo é uma das marcas que continua a apostar no mercado dos portáteis, estando presente em diferentes segmentos de mercado. A sua linha ThinkPad, de onde se destaca o X1 Carbon, dispensa apresentações. Os Yoga, tal como tivemos oportunidade de verificar aquando da visita à IFA em Berlim, também não se ficam nada atrás, com os convertíveis a aparecerem em grande destaque.
O Yoga 720 foi um dos portáteis apresentados e nós já tivemos oportunidade de experimentar uma das muitas configurações que a Lenovo tem disponíveis no mercado. Este modelo tem versões com 12.5", 13.3" e 15,6", com resolução Full HD ou UHD 4K (3840 x 2160) e nesta altura já é apresentado no site da Lenovo com processadores Intel de 8ª geração.
A versão que a Lenovo nos enviou, tinha um ecrã touch de 13.3" com resolução Full HD, processador Intel i7-7500U de 7ª geração a 2.7GHz, 8GB de RAM e um SSD PCIe de 512GB.
O Yoga 720 tem um corpo rectangular em alumínio, num design que que tem vindo a ser utilizado pela Lenovo há algum tempo.
Neste modelo, não temos o deslumbrante sistema de dobradiças que a marca utiliza na série 900, ficando a rotação a carga de uma dupla dobradiça perfeitamente "normal".
Do lado direito temos uma porta USB tipo A e o botão de power, do lado oposto, duas portas USB tipo C, sendo que uma delas serve para carregamento e a outra suporta ligações Thuntherbolt. A ausência de uma porta HDMI ou ethernet, vai obrigar à utilização de adaptadores USB. Tendo em conta que só têm uma porta USB tipo A, o melhor mesmo será optarem por adaptadores USB tipo C.
O TouchPad tem dimensões generosas e é bastante preciso, permitindo uma navegação confortável. À direita deste. encontra-se um leitor de impressão digital, para uma segurança acrescida no acesso ao equipamento.
O teclado está dentro daquilo que a Lenovo já nos habituou, com as teclas a terem um efeito arredondado num dos lados, ao contrário do quadrado que habitualmente é disponibilizado. As teclas têm uma dimensão normal, mas o toque é demasiado suave, pelo menos para o meu gosto.
O ecrã não é removível, mas como pode ser rodado quase 360º, permite que se utilize o Yoga 720 como um tablet. É nesta vertente que a detecção do toque se mostra ainda mais útil, podendo o utilizador utilizar uma pen para desenhar ou escrever.
Em termos de desempenho, o SSD PCIe tem um comportamento verdadeiramente pornográfico, com velocidades impressionantes (mais de 2000/1000MB/s), pulverizando os resultados dos SSD SATA. O processador já se sabe que não estará ao nível do modelo equivalente nos desktop, mas o seu comportamento é bastante bom, permitindo a utilização de máquinas virtuais ou edição de vídeo sem constrangimentos.
Em termos de autonomia, este Yoga 720 esteve aquém do esperado, ficando-se por 5 horas e meia no meu padrão de utilização habitual. Sendo verdade que este valor está dentro da média dos portáteis que tenho testado, espera-se sempre mais de um equipamento deste tipo, onde a mobilidade é um atributo com importância acrescida.
Esta questão da autonomia no Yoga 720 tem contudo um aspecto muito interessante, pois é possível carregar o portátil com um powerbank. Possuímos uma colecção bastante alargada, com diferentes capacidades e protocolos de carregamento e no caso do Yoga 720 comecei por experimentar um powerbank com uma porta power delivery, pois este seria aquele com maior probabilidade de sucesso, como se veio a verificar.
Movido pela curiosidade, testei outros powerbanks, todos com sucesso e só para tirar as dúvidas, fui buscar um Anker com 5000mAh apenas com tecnologia PowerIQ (até 2A). Surpreendentemente, até este powerbank foi capaz de carregar o Yoga 720 ao mesmo tempo que o utilizava, como poderão verificar na imagem em cima.
A questão da autonomia acaba assim por ficar resolvida, pois basta fazerem-se acompanhar de um powerbank para estender a capacidade da bateria, ganhando umas horas extra de utilização. Tendo em conta o preço dos ultrabooks e a limitação das baterias, esta possibilidade de carregamento com um powerbank é talvez a melhor opção disponível na actualidade. Será interessante verificar quais os fabricantes que disponibilizam esta funcionalidade nos seus equipamentos.
Com 1.3Kg de peso, o Yoga 720 não é dos ultrabooks mais leves no mercado, mas está ainda dentro do que se pode considerar um equipamento transportável, sem causar desconforto ao fim de algum tempo. As portas USB tomaram o lugar da entrada HDMI e ethernet. No caso deste Yoga 720, se precisarem de destas ligações, vão ter de utilizar um adaptador. É a tendência do momento e algo a que os utilizadores já se estão a habituar.
O desempenho deste ultrabook é bastante bom, sendo uma alternativa para todos os que necessitam de trabalhar em mobilidade. O ecrã touch e a caneta aumentam o leque de possibilidades de utilização, tornando o Yoga 720 um equipamento ainda mais apetecível. Se gostarem deste tipo de teclado, é garantidamente uma opção a terem em conta, ainda mais se encontraram uma promoção como a que está a decorrer actualmente na Fnac, onde podem adquirir a configuração testada por 1299€.
E a versão Core i5, mais barata? Não se encontra em Portugal?
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