2018/02/27

Cellebrite já consegue desbloquear iPhones com iOS 11


Comprovando que não há sistemas à prova de hackers, a empresa Cellebrite diz já ter a capacidade para desbloquear e aceder qualquer iPhone, até mesmo um iPhone X correndo a mais recente versão do iOS 11.

A questão da segurança nos iPhones ficou no topo das notícias graças ao caso que opôs o FBI e a Apple a propósito de facilitar o acesso a um iPhone bloqueado; e desde então que as medidas implementadas pela Apple têm dificultado cada vez mais o processo de aceder a um iPhone sem a devida autenticação: quer seja um código PIN, uma impressão digital, ou o reconhecimento facial via Face ID. No entanto, "difícil" não é "impossível", e havia técnicas de o conseguir fazer, embora complexas e dispendiosas (no tal caso, o FBI acabou por conseguir aceder ao iPhone sem a ajuda da Apple).

Agora, uma dessas empresas especializadas no desbloqueio e acesso aos dados de iPhones bloqueados, diz já ser capaz de o fazer até para o mais recente iOS 11, uma versão que até ao momento se mantinha imune a este tipo de ataques.

Como se pode imaginar, a Cellebrite não revela qualquer detalhe quanto à técnica utilizada, não se sabendo se é algo que pode ser feito por software ou se implica abrir o iPhone e aceder fisicamente aos chips no seu interior (uma das técnicas utilizadas anteriormente consistia em manter um backup da memória de um dos chips, de modo a que se pudesse fazer um ataque brute-force nos PINs, sem receio de que o iPhone bloqueasse ao fim de X tentativas - pois nessa altura era reposto o backup e o processo reiniciava-se).

O que é certo é que, sabendo que agora existe uma forma de ultrapassar o bloqueio dos iPhones, a Apple certamente procurará descobri-la e efectuar alterações que impossibilitem essa vertente de ataque no futuro. Ou então, dizer que o seu iPhone e iOS é o sistema mais seguro do mundo... a não ser no caso de quem estiver disposto a pagar $1500 para desbloquear um iPhone "protegido".

1 comentário:

  1. Houve de facto a referência aos $1500, mas a única referência que o FBI fez que podia indicar o preço que pagou aponta para $1,3 milhões.
    Por $1500 nem havia exigências para a Apple criar um iOS com backdoors.
    https://www.google.pt/amp/mobile.reuters.com/article/amp/idUSKCN0XI2IB

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