2018/03/19

Automóvel autónomo da Uber atropela fatalmente uma mulher


Os automóveis autónomos podem vir acompanhados da promessa de menos acidentes, mas infelizmente temos mais um caso de uma fatalidade, desta vez por atropelamento por um dos veículos autónomos da Uber.

Depois do muito noticiado caso do acidente que matou o condutor que seguia num Tesla em piloto automático, temos agora o primeiro caso da morte de um peão causada por um automóvel autónomo.

Neste momento ainda não há muitos detalhes sobre o que se terá passado, para além de se saber que o automóvel estaria a funcionar em modo autónomo - com um condutor humano de segurança ao volante - e que a vítima estaria a atravessar a rua sem utilizar uma passadeira. Embora seja provável que a mulher estivesse em transgressão, fica por explicar porque motivo o automóvel, com toda sua panóplia de sensores e câmaras, não terá conseguido identificar a pessoa e evitar o acidente, como seria suposto fazer - ou porque motivo também o condutor humano de segurança não terá sido capaz de o fazer.

Felizmente, a parte boa dos carros autónomos é que mantêm um registo hiper-detalhado sobre tudo o que acontece, e será relativamente fácil tirar a limpo tudo o que se passou e o que falhou. Até lá, servirá de alerta para que nem os automóveis autónomos são infalíveis... e os acidentes, por culpa das máquinas ou das pessoas, continuarão a acontecer.


Actualização: a chefe da polícia de Tempe diz que, com base nos dados preliminares, a culpa deverá ter sido da mulher e que seriam condições difíceis para que até um condutor humano a pudesse ver.

Actualização 2: a polícia já divulgou o primeiro vídeo do acidente, captado pelas câmaras do veículo.

Actualização 3: novos vídeos contrariam o cenário de "escuridão" indicado pelo vídeo da Uber.

Actualização 4: a Mobileye demonstra que conseguia detectar peão mesmo com o vídeo de fraca qualidade.

6 comentários:

  1. Os acidentes não desaparecem enquanto tiveres a variável humana.

    Mesmo se assumirmos que os sistemas autónomos do carro eram perfeitos, bastava que o carro fosse a circular na sua faixa e uma pessoal não fosse visível por estar, por exemplo, atrás dum autocarro ou camião estacionados, e se metesse à sua frente assim de repente, por muito rápido que seja a reacção, os computadores não conseguem mudar as leis da física, o carro continua a precisar de X espaço para parar.

    Claro que não estou a dizer que foi isso que aconteceu, mas já vi situações exactamente igual a essa e é algo que nem a tecnologia salva... Do stupid things, win stupid prizes.

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  2. E fazer obras nas estradas de forma a ser mais facil para estes carros autónomos, reconhecerem todo o tipo de obstáculos? Não sei se seria assim tão descabido!!

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  3. Atravessar fora da passadeira,nao significa obrigatoriamente uma transgressão...vamos com calma.

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    1. Sim, mas é provável que seja, quando referem que ali perto tinham uma passadeira iluminada (pelo que dá para perceber, isto terá ocorrido à noite e em situação de fraca visibilidade).

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    2. Se fores atropelado numa rua em que o limite é 70 (tipo quase a segunda circular) fora das zonas previstas para peoes, (de noite e sem luz) podes querer que é uma transgressão. (Na Alemanha andar de bicicleta com auscultadores dá multa e seres passageiro num carro em que o condutor está bebado, dá pontos.)

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  4. Quando leio o titulo de relance leio "Automóvel autónomo da Uber atropela finalmente uma mulher" - mas não tenho nada contra as mulheres :)

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