2018/04/01
SpaceX teve que suspender stream de vídeo do último lançamento por falta de "licença"
Não se pense que estar na vanguarda dos lançamentos espaciais evita problemas com burocracias, como a SpaceX terá confirmado durante o seu mais recente lançamento, em que foi forçada a cortar a emissão de vídeo que habitualmente disponibiliza.
A SpaceX fez mais um lançamento bem sucedido - de 10 satélites Iridium - mas cuja colocação em órbita não pode ser assistida pelos fãs, pois a emissão de vídeo foi interrompida antes de se chegar a esse ponto. Aparentemente, o facto da câmara no estágio superior já estar efectivamente "em órbita" faz com que o sistema já fosse considerado um "remote sensing space system" pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) e que exigiria a obtenção de uma licença adicional para que as suas imagens pudessem ser transmitidas - ao contrário do que acontece com as câmaras que apenas atingem altitudes sub-orbitais, como as dos boosters que regressam à Terra (no entanto, neste lançamento, não tivemos direito a aterragem, foi viagem só de ida).
Obviamente que esta justificação não terá convencido todos, com os fãs das teorias da conspiração certamente a acharem que o objectivo seria não mostrar a separação dos satélites, e que para além dos 10 satélites Iridium talvez lá pudesse ir no meio mais um dos satélites secretos dos EUA.
Avançando para a fase final, também temos mais um falhanço na tentativa da recuperação do cone do foguete, e que desta vez iria contar com um novo sistema de paraquedas guiado por GPS, mas que ficou "embrulhado" devido ao fluxo de ar causado pelo cone. Elon Musk diz que irão fazer testes adicionais com lançamentos feitos a partir de helicópteros para averiguar o que se passa e fazer as correcções necessárias.
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Se fosse a seguir a 31 de julho, seria "a gosto", mas como é a seguir a 31 de março... ;)
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