A NASA espera poder voar pela atmosfera marciana usando um pequeno helicóptero, e o primeiro teste de voo foi superado sem grandes dificuldades.
Quando o novo rover chegar a Marte em 2021, entre os muitos equipamentos científicos que carrega, encontra-se também um pequeno helicóptero que irá explorar Marte a partir do ar. Mas, para que isso seja possível, era necessário garantir que esta aeronave conseguiria voar nas condições que irá encontrar no planeta vermelho. E isso, por si só, já é um enorme desafio.
Embora no nosso planeta já não haja segredos para o voo de helicópteros (veja-se a proliferação de drones de baixo custo), em Marte as coisas são bem diferentes. Para começar, a atmosfera marciana tem apenas 1% da densidade da nossa atmosfera. Isso faz com que um teste de voo teria que ser feito a uma altitude de cerca de 30500 metros - ou, como foi feito, utilizando uma câmara de vácuo que permitisse simular essa baixa densidade, e também a composição da atmosfera marciana (de essencialmente apenas CO2).
Depois, seguiu-se a parte mais complicada: simular a gravidade marciana, que é de apenas 1/3 da nossa. Uma vez que ainda não dominamos técnicas de anti-gravidade, a solução teve que ser muito mais "terra-a-terra". A NASA prendeu ao helicóptero um cabo motorizado capaz de ajustar continuamente ao movimento do helicóptero, de modo a assisti-lo parcialmente, simulando a gravidade marciana. O primeiro voo, de apenas alguns segundos, foi um grande sucesso; sendo seguido por outros de maior duração, também feitos sem dificuldade.
Claro que, uma coisa é voar em ambiente de laboratório, outro será voar em condições bem mais complicadas (como sujeitar-se a enfrentar nuvens de pó e ventos fortes, como os que já envolveram Marte num manto de pó durante meses, e que vieram a vitimar o Opportunity.
O rover Mars 2020 irá ser lançado em Julho deste ano, esperando-se que chegue a Marte em Fevereiro de 2021.
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