2020/01/10

Hisense mostra smartphone com ecrã e-Ink a cores


A Hisense voltou a trazer ao CES um smartphone com ecrã e-Ink, mas desta vez a cores.

Depois de em 2019 ter levado para o CES um protótipo de um smartphone com ecrã e-Ink ultra-poupado a preto e branco, a Hisense volta a apostar nessa tecnologia mas desta vez com um ecrã e-Ink a cores que poderia tornar-se mais viável para a criação de um produto comercializável.

Há várias empresas que tentaram aplicar ecrãs e-ink aos smartphones, mas sem grande sucesso - basta relembrar que a Yotaphone, uma das mais conhecidas, declarou falência. Ainda assim, mesmo que fosse para um segmento de nicho, acredito que pudesse ser viável lançar um smartphone com ecrã e-Ink, especialmente se fosse um ecrã a cores como este da HiSense e que tivesse capacidade para um refresh rate relativamente elevado (no passado já vimos protótipos de ecrãs e-Ink capazes de reproduzir vídeo).

Considerando que o ecrã é um dos componentes mais gastadores, seria interessante ver que tipo de autonomia seria possível obter com um smartphone com um ecrã destes - para não falar da vantagem de poder manter informação permanentemente visível no ecrã com gasto insignificante de energia (ou de poder ser utilizado com sol intenso sem qualquer dificuldade).

4 comentários:

  1. Acho que fazia muito mais sentido aplicar esta tecnologia a relógios dado que não precisam de Refresh constante

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    1. Foi o que a Pebble fez... :)

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Para que a maioria entenda, há:
      - LCD transflectivos: usam imensa luz natural evitando usar bateria, a maioria tem cores muito fracas ou são preto e branco, refrescamento muitíssimo baixo, logo gastam pouco (Pebble original)
      - e-paper/e-ink: como nos ebook/ereader. Gastam muitíssimo pouco, resolução aceitável, contraste muito bom. As últimas gerações tem um refrescamento rápido (no meu posso "ver" vídeo em tons cinza, com algum arrasto, mas perfeitamente aceitável para coisas curtas no YouTube ou gif animados). A mais recente geração tem até 32.000 cores, gasta pouco (mais que os tradicionais a preto e branco) e mais que aceitável para relógios ou smartphones em que a autonomia é essencial, sem perder a capacidade de tirar e ver fotos/ vídeos. Óbvio que até o pior LCD tem melhores cores e refrescamento. No entanto gastam 1/3.

      Atualmente os LCD/ AMOLED gastam pouco em imagens paradas; o problema é a tecnologia de refrescamento variável (1 Hz até 120 Hz) é pouco utilizada e pouparia muita bateria. Os iPad Pro têm uma tecnologia parecida. Outro problema é que em exteriores requerem imensa energia para a iluminação; os e-paper ou LCD estilo pebble não, no exterior ainda melhor.

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